Cadernos de anotações encontrados na Penitenciária Central do Estado (PCE) mostram que detentos faziam pedidos de diversos produtos e montaram uma doceria e um “Fast Food” de lanches dentro do maior presídio do Estado de Mato Grosso. Ao que consta, uma apostila foi encontrada para registrar a contabilidade, dados pessoais e o modus operandi das quadrilhas para aplicar golpes fora do presídio.
Além disso, haviam os registros de pedidos de compras de produtos como aparelhos de barbear, lanches de “Fast Food”, isqueiros, doces. Neste caderno, também eram anotadas as dívidas dos presos.
Na lista, existem nomes curiosos como “Doceria no Maranhão Rex”; “Lavanderia Jô Neguinho”; “Frízer CV Rex”, dentre outros. Ao lado de cada nome, constam as anotações do valor que o preso têm de débito.
Um dos presos chegou a comprar R$ 78 de aparelho de barbear e R$ 67 de biscoitos de água e sal. Já outro detento, identificado como “Ilto”, adquiriu R$ 24 de lanches e R$ 33 na Doceria do Maranhão Rex, além de outros produtos.
A força-tarefa que iniciou após a morte de um agente prisional em Lucas do Rio Verde, revistou a carceragem, os raios e celas da unidade prisional sendo localizados cerca de 300 cadernos de anotações. O setor de inteligência da Polícia Civil instaurou inquérito para investigar as ações das quadrilhas internas na PCE.
Na primeira fase da operação, foram apreendidos diversos aparelhos eletrônicos, como ventiladores, freezeres e geladeiras. As visitas aos presos foram suspensas, assim como o atendimento a advogados e defensores públicos. Apenas as escoltas emergenciais, em caso de saúde, serão realizadas.
Já na segunda fase, algumas visitas foram regularizadas. No entanto somente pode ser levado 2 quilos de alimentos para cada preso.
Fonte: Folhamax
