Paccola diz sentir a dor da família de agente morto, mas não se arrepende e ‘faria de novo’

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O vereador de Cuiabá, Marcos Paccola, que é tenente-coronel da reserva da PM, afirmou, em entrevista ao Conexão Poder, que não se arrepende, devido às circunstâncias, de ter atirado contra o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, que morreu vítima de três disparos, durante uma confusão, no início de julho, em Cuiabá.

O vereador e tenente coronel da Reserva da Polícia Militar, Marcos Paccola, afirmou em
entrevista ao programa SBT Comunidade que se o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, morto por ele no dia 1º de julho deste ano, não tivesse sacado a arma, o
resultado de sua abordagem teria sido diferente.

O parlamentar disse ainda que pediu a reconstituição do episódio, na Justiça, para que o Ministério Público (MP-MT) possa ter a mesma visão que teve na ocasião. Paccola foi indiciado pela Polícia Judiciária Civil e denunciado pelo MP-MT por homicídio qualificado, que pode resultar em uma pena de 12 a 30 anos de prisão.

Ele matou Alexandre Miyagawa, de 41 anos, com três tiros, após o agente socioeducativo ter levantado uma arma, durante uma discussão com sua namorada, Janaina de Sá.

Um dos questionamentos feitos ao vereador foi o motivo pelo qual ele não atirou em alguma região não letal do corpo. O parlamentar explicou que não há esse tipo de treinamento e relembrou o caso envolvendo o agente penitenciário Aparecido Oscar de Souza e o tenente Salomão Fernandes Ferreira Piovesan, morto a tiros em 2013, também em um 1º de julho, em uma cidade de Mato Grosso.

“Esse questionamento é feito por quem desconhece a atividade policial. Não existe alvo com pernas, ou seja, não existe treinamento para isso. Lembro também de um caso que aconteceu em Tangará da Serra, onde em um agente penal estava rendendo um possível estuprador e o tenente Salomão viu a cena e interviu, dando um tiro na perna do agente, que reagiu e acertou o peito do militar, que veio a óbito. Ele acabou sendo inocentado pois foi reconhecida a legítima defesa. As pessoas não conhecem o assunto e acabam questionando porque não atiramos em outros lugares. Só tendo noção de como é uma
intervenção armada para saber. Essa possibilidade nem é cogitada, tecnicamente falando”, afirmou.

Paccola afirmou ainda que pediu a reconstituição para que o MP-MT consiga ter a visão que ele tinha no momento da abordagem. O vereador explicou que a perspectiva da câmera de segurança, que mostra todo o cenário, é diferente da dele, que estava atrás de veículos e via os dois em uma discussão.

USO POLÍTICO

Sobre o apontamento feito pelo órgão ministerial, de que ele teria feito os disparos para tirar proveito político, o parlamentar insinuou que o próprio Ministério Público utiliza deste expediente e refutou a acusação. “Chega a ser bizarro ver o MP falar que eu atravessei o carro e desci para que as pessoas pudessem ver que eu estava lá. Cada um, infelizmente, se mede pela própria régua. Em momento algum, tive interesse de aparecer. Acho que foi a única maneira que o MP achou de conseguir dar sequência na denúncia”, afirmou o
candidato a deputado estadual.

O vereador afirmou ter plena convicção de que conseguirá comprovar a atuação em legítima defesa de terceiro. Paccola destacou que sua defesa vai deixar isso claro, o que acabaria o colocando em uma condição de não existência de crime.

O parlamentar se disse comovido com toda a situação e lamentou o fim trágico
do episódio, mas voltou a culpar o agente socioeducativo pela morte,
destacando que em oito meses de porte de arma, Alexandre Miyagawa esteve
envolvido em cinco situações onde teria sacado a mesma. “Oro pela família,
para que consiga superar esse momento de dor, mas não posso também
desconsiderar a irresponsabilidade do Alexandre. A própria Janaina declara
nos autos que ele tinha mania, quando bebia, de mostrar que estava armado,
para as pessoas. Tinha oito meses que ele portava arma de fogo e foram cinco
circunstâncias de que ele sacou arma e ameaçou pessoas. As pessoas

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Fonte: Repórter MT/Folhamax