Mendes diz que caso paletó é um “escândalo difícil de explicar”

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O governador Mauro Mendes (DEM) voltou criticar duramente a gestão de Emanuel Pinheiro (MDB). Para o democrata, o prefeito de Cuiabá “tem um escândalo difícil de explicar”, referindo-se ao episódio do paletó.

A declaração foi dada na tarde desta terça-feira (8), depois que o ex-deputado federal Fábio Garcia (DEM), seu aliado, se disse animado com a possibilidade de uma eventual candidatura a prefeito.

Segundo Garcia, uma pesquisa interna do DEM mostra que Emanuel tem rejeição alta, o que se traduziria em um “cenário favorável” para o democrata.

“Um prefeito que tem um escândalo difícil de explicar, que teve três secretários afastados por corrupção, finanças públicas investigadas… Cuiabá merece muito mais”, disse o governador, durante a solenidade de inauguração de uma delegacia que ficará aberta durante 24 horas do dia para atender mulheres vítimas de violência doméstica e sexual.

“Eu espero que a população saiba escolher. Eu participarei como cidadão de alguns processos, não sei se participarei de todos”, emendou Mendes.

Segundo o governador, ele chegou a receber Fábio em seu gabinete na manhã desta terça-feira e tratou rapidamente sobre política.

“Recebi o Fábio Garcia, conversei um pouco de política. Mas eu tenho priorizado meu tempo para fazer gestão. E cuidar de política nas horas vagas”, afirmou o governador.

Escândalos de Emanuel

Ao citar “escândalo difícil de explicar”, Mendes se refere às imagens em que o prefeito aparece recebendo maços de dinheiro – supostamente de propina – no Palácio Paiaguás, à época em que era deputado estadual.

Durante os três anos de gestão, Emanuel também teve o secretário Huark Correa (Saúde), Alex Vieira (Educação) e Marcus Brito (procurador-geral do município) afastados por serem alvos de investigações policiais. Huark chegou a ser preso.

Em seus apontamentos, Mendes também cita que a capacidade de pagamento (Capag) de Cuiabá em 2020 foi suspensa pela Secretária do Tesouro Nacional (STN) após denúncia do vereador de oposição Marcelo Bussiki (DEM).

Bussiki alertou a pasta sobre uma suposta “maquiagem” na contabilidade municipal. Segundo Bussiki, Emanuel tentou burlar regras para criar a “falsa ideia de normalidade fiscal” e assim poder contrair empréstimos.

Fonte: Midianews