Ex-jogador do Cuiabá pede desculpa a esposa; veja todas versões sobre briga em motel

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O atacante Clayson, ex-jogador do Cuiabá Esporte Clube, se posicionou nas redes sociais após o episódio em que foi acusado de, junto com dois amigos, agredir uma garota de programa em Cuiabá. As agressões teriam ocorrido na madrugada de 7 de dezembro num motel na Capital.

Por conta do envolvimento do caso, Clayson foi afastado da equipe na última rodada do Campeonato Brasileiro e não teve o contrato de empréstimo renovado com a equipe mato-grossense. A princípio, ele retorna ao Bahia, clube que detém seus direitos federativos.

Até então, Clayson havia se posicionado por meio de uma nota escrita por sua assessoria, em que apontava que os depoimentos colhidos pela Delegacia de Polícia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá o inocentavam. “As declarações no Boletim de Ocorrência foram realizadas com claras intenções de locupletação e a pessoa responsável pelas falsas acusações sofrerá as consequências de seus atos”, dizia a nota.

Na noite desta terça-feira, postou fotos com a esposa e com familiares, onde agradeceu o apoio recebido. Inicialmente, pediu desculpas a sua companheira pelo constrangimento passado.

“Nos últimos dias aconteceram muitas coisas em minha vida, foram dias difíceis, gostaria de me desculpar especialmente com minha esposa, pois não merecia ler nada do que foi dito sobre nós. Obrigada por vocês estarem ali, segurando minha mão e me apoiando, aguardando o tempo de Deus”, diz o texto.

Na sequência, seguiu agradecendo os familiares e amigos que se mantiveram ao seu lado neste momento. Disse ainda que “está em paz”. “Do mais vida que segue, Deus está cuidando de tudo e eu estou em paz e feliz ao lado de vocês, obrigada família”, finalizou.

Também nesta terça-feira, o portal UOL fez uma reportagem sobre o caso. Mostrou todas as versões e confirmou que o meia Rafael Gava não estava envolvido na confusão. Segundo a reportagem, um dos amigos de Clayson se passou pelo meio-campo durante a orgia sexual.

Além de Danielle, que acusa Clayson e outros dois homens de lesão corporal, a polícia colheu os relatos do ex-jogador do Corinthians e de D.P. e P.H. — os dois amigos que o acompanhavam naquela noite. As versões das outras duas mulheres também contratadas pelo trio e do gerente da boate onde as garotas trabalhavam também foram ouvidas.

O que diz Danielle?

No Boletim de Ocorrência registrado no dia 6 de dezembro, Danielle informa que foi agredida por Clayson, D.P. – a quem ela ela se refere como Rafael Gava — e Paulo Henrique após jogar o boné da cama e irritar um deles. A garota diz que foi imobilizada e teve o braço, pernas, peito e testa cortados com o vidro de uma garrafa quebrada e que não recebeu ajuda de nenhuma das garotas presentes no quarto do motel.

Danielle também afirma que ao sair do motel, voltou para o alojamento na boate onde trabalha, bebeu uma garrafa de cerveja e ingeriu duas caixas de rivotril. Em seguida, utilizou o vidro da garrafa para cortar o próprio pescoço.

O socorro foi acionado, Danielle foi encaminhada a um hospital de Cuiabá, recebeu os devidos cuidados e passa bem.

O que dizem os outros relatos?

Segundo inquérito policial ao qual o UOL Esporte teve acesso, Clayson e os amigos teriam contratado o serviço das três profissionais na Boate Crystal, mas Danielle insistia em receber o pagamento antecipado. Logo após breve entrevero, os seis seguiram para o motel, onde o programa ocorreu normalmente. No momento de receber o pagamento, D.P., um dos amigos de Clayson, estava resistente em realizar transferência bancária a Danielle, temendo ser descoberto pela namorada. O pagamento, então, realizado em dinheiro, foi conferido por ela, que percebeu a falta de R$ 100 e reclamou.

Quando o restante que faltava foi pago a Danielle, completando os R$ 600 combinados inicialmente, a discussão tomou novas proporções. Ela, reclamando da confusão, teria atirado o boné de Clayson, que estava em sua cabeça, em D.P. – que demonstrou impaciência com as reclamações da jovem.

A partir deste momento, as versões divergem. Enquanto Clayson, seus dois amigos e as outras duas mulheres contratadas dizem que Danielle partiu para cima de D.P. e iniciou as agressões, Danielle acusa D.P., Clayson e P.H. de a atacarem com agressões físicas e verbais, inclusive utilizando pedaços de vidro de uma garrafa long neck quebrada que estava no quarto. As outras testemunhas presentes afirmam que o jogador e seus amigos apenas tentaram conter Danielle, alterada.

Procurada pela reportagem, a Polícia Civil de Mato Grosso não deu informações sobre o andamento do caso. Os depoimentos foram colhidos entre os dias 13 e 17 de dezembro e o ocorrido segue sob investigação.

Apontado como envolvido, Rafael Gava já provou não ter participado

O envolvimento do meia Rafael Gava, citado no boletim de ocorrência registrado no dia 6 de dezembro, não passa de uma grande confusão. O nome do jogador apareceu nos relatos porque, de acordo com Danielle, D.P. teria se apresentado desta forma. O caso já foi esclarecido e, inclusive, o atleta apresentou provas à polícia de que, no momento da briga no motel, estava participando de uma partida de CS:GO (Counter-Strike: Global Offensive).

Fonte: Folhamax