VLT nasceu com propina e ‘gestacionado’ no seio da corrupção diz Mendes

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Governador lembrou que o processo da troca de modal em 2011 começou com laudo fraudado em R$ 18 milhões em propina

O governador Mauro Mendes (DEM) voltou a defender a troca do modal de transporte a ser implantado em Cuiabá e Várzea Grande. Para o democrata, não havia condições de o Governo do Estado dar continuidade nas obras do Veículo Leve sobre Trilho (VLT), tendo em vista as inúmeras irregularidades já apontadas e ainda o esquema de corrupção que se instalou em Mato Grosso por conta deste modelo de transporte.

“O VLT nasceu com propina. O VLT foi gestacionado no seio da corrupção. Manter isso é manter a sobrevida da corrupção. Um dos símbolos da corrupção todos sabem qual é, o outro é manter o VLT”, disse o chefe do Executivo Municipal durante entrevista a Rádio CBN na manhã desta quarta-feira 13/01/2021.

Ele destacou que a mudança do modal de BRT para VLT surgiu com o propósito único de roubar o Estado e ainda citou a delação do ex-governador Silval Barbosa. “Ele admitiu que foram R$ 18 milhões em propina para mudar para VLT, arrumaram laudo falsificado e duas servidores do Ministério das Cidades tiveram que responder pela fraude. Já começou todo errado desde a origem”.

Mendes ainda faz questão de citar as inúmeras vantagens que do Ônibus de Transporte Rápido (BRT), novo modal escolhido pelo Executivo para atender a população da Capital e de Várzea Grande.

“O BRT é tão moderno quanto ao VLT. Ele tem ar condicionado, wifi, ônibus modernos elétricos. Tem gente que defende o VLT porque o BRT é movido a óleo diesel. Ou essa pessoa é malandra ou é desatualizado, pois estão usando mentiras para atacar o BRT. Nós temos tranquilidade porque O BRT é sustentável. O VLT usa cabos aéreos igual bondinhos de 100 anos atrás. O que foi vendido aqui não se usa mais em nenhum lugar do mundo”, cita.

Apesar de o Governo já ter investido cerca de R$ 1 bilhão no VLT, o democrata afirma que algumas coisas conseguirão ser aproveitadas. “Tudo que foi feito para funcionalidade vai continuar. O trevo do zero, por exemplo resolveu um problema gigante. Tem ponte, tem viadutos e várias obras que foram feitas pelo consórcio que estão sendo aproveitadas”, disse.

Por outro lado, lembra que o Executivo já ingressou com uma ação na Justiça pedindo que o Consorcio VLT devolva mais de R$ 700 milhões aos cofres do Estado.

“Aquilo que não serve ao Governo, os carros, os trilhos, tudo isso o Governo já entrou na Justiça e tem uma liminar dizendo para levar embora e devolva ao Mato Grosso R$ 770 milhões. As ações tem um tempo para ser processada na Justiça, mas vamos torcer. O contrato foi reincidido por culpa deles, pois pagaram propina. Por isso, entramos na justiça para levar embora o que não serve mais e devolva o dinheiro. Venda os trens e devolve o dinheiro”, finalizou. (Com informações do Site Leiagora)