UPA de cidade de MT culpa o calor por morte de 35 pessoas

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A Unidade de Pronto Atendimento 24 horas de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, registrou 47 óbitos entre os dias 21 de setembro e 9 de outubro. Destes, 35 foram em decorrência das altas temperaturas nos ambientes domésticos, de acordo com a diretora da UPA, Vânia Scapin.

Os pacientes têm mais de 70 anos e ficaram desidratados devido ao calor excessivo. A temperatura corporal de uma pessoa é de 36,5°C, em média.

Com as altas temperaturas dos meses de agosto, setembro e outubro, fica em torno de 43°C e o corpo precisa se adaptar a esse novo tempo. Mas os idosos não conseguem se adaptar tão rápido a essas temperaturas, causando um desequilíbrio no corpo.

Segundo a diretora da UPA, Vânia Scapin, os idosos chegam na UPA, debilitados, desidratados e alguns morrem na porta da UPA. “Nós temos percebido que nessas últimas semanas em função das altas temperaturas na região, a maioria dos idosos já chegam debilitados e desidratados. Alguns já chegam em óbito na porta da UPA, a gente atribui a desidratação e alta temperatura desses pacientes”, afirma.

Com o desequilíbrio corporal, há uma baixa ingestão de líquidos, comida, a pessoa começa a ficar sonolento, desidratado e o corpo entra em colapso. Ainda segundo a diretora, essas mortes acontecem nos ambientes domésticos pela falta de cuidados e reforça orientações para a população que tem idosos em casa. “Eles precisam comer e tomar líquidos de uma forma constante, usar roupas leves, aplicar compressas com água gelada, isso já ajuda”, afirma.

No início da semana, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta para o perigo de morte por hipertermia em partes do Centro-Oeste e do Sudeste. A hipertermia é a condição caracterizada pela elevação da temperatura corporal quando o organismo produz (febre) ou absorve mais calor do que consegue dissipar.

Fonte: Folhamax