Secretário alerta que internações estão se ‘avolumando’ e teme falta de UTIs em Cuiabá

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O secretário municipal de Saúde de Cuiabá Luiz Antônio Possas de Carvalho alertou para o aumento de volume de casos após o relaxamento da população quanto às recomendações sanitárias.

Nesta segunda-feira (18) foi registrada a terceira morte de um paciente morador de Cuiabá. Trata-se da enfermeira Alessandra Pereira Leite, que ficou 46 dias internada.

Segundo o secretário, os hospitais de referência para tratamento da Covid-19 na Capital já estão caminhando para a lotação máxima.

“É preciso deixar claro: as internações estão começando a se avolumar. O Hospital Universitário Júlio Muller já está lotado. Já começamos a ter um volume expressivo no antigo Pronto-Socorro. Se a população não fizer a parte dela, não adianta o sacrifício”, afirmou o secretário, referindo-se ao distanciamento social e ao uso de máscaras.

Cuiabá vislumbra entre as capitais com o menor índice de infectados pela Covid-19 no País. A estatística, no entanto, não pode fazer com que a cidade “baixe a guarda”, afirmou o secretário.

Possas diz que o crescimento de casos nos últimos dias faz com que a Prefeitura não descarte a possibilidade de um colapso de Saúde.

“O número de UTIs podem ser insuficiente, porque em questão de dois ou três dias você lota a UTI de um hospital com infectados. O vírus é altamente transmissivo e faz um estrago na saúde da pessoa”.

“Tem um percentual da população não vai precisar de uma internação, mas outro percentual vai precisar e tudo vai virar um caos. É preciso consciência. Senão fizermos o dever de casa, não há estrutura da Saúde que aguente”, afirmou o secretário.

Não cederá a pressão

O crescimento das taxas afetará as medidas de gestão do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB). Recentemente, Emanuel chegou a dizer que os shoppings poderiam ter reabertura gradativa determinada este mês.

“O prefeito não vai ceder a pressão. Ele esta se norteando por dados técnicos e científicos, e a ordem número um é preservar vidas. Cuiabá ainda não está em estado grave, mas precisamos continuar com medidas de proteção”, afirmou Possas.

Fonte: Midianews