Polícia indicia 14 pessoas por roubos em condomínios de Cuiabá e VG

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Na conclusão da 1° fase da Operação Tarântula, realizada no início do mês, quatorze pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil, como membros de uma organização criminosa especializada em roubos e furtos qualificados. As investigações apontam que o grupo atuava dentro de condomínios fechados de Cuiabá e Várzea Grande, na região metropolitana.

Segundo a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (Derfva), o líder da associação está entre os indiciados e responderá por organização criminosa, além de crimes de como furto, roubo, adulteração de sinal de veículo automotor, receptação, estelionato e lavagem de dinheiro.

A operação ocorreu no dia 1 de setembro e resultou no cumprimento de dez mandados de prisão preventiva de integrantes da organização criminosa, sendo confirmada a participação do grupo em pelo menos 15 furtos qualificados ocorridos em condomínios em 30 casos investigados desde dezembro de 2021.

Durante a operação, foram apreendidos quatro veículos, além de dinheiro, documentos falsos, arma de fogo e enorme quantidade de peças de veículos, motores e lataria cortada.

Segundo o delegado da Derfva, Gustavo Garcia Francisco, as investigações conseguiram comprovar a atuação da organização criminosa.

“Os veículos tinham destinações diferentes para atender a autuação das células, alguns eram utilizados para golpes, sendo comercializados em sites de compra e venda pela internet, outros eram encaminhados para oficinas de desmanche para revenda das peças e ainda tinham aqueles que eram encaminhados para a Bolívia”, disse o delegado.

Operação Tarântula

A polícia cumpriu 17 mandados de prisão preventiva e 34 de busca e apreensão. — Foto: Polícia Civil.

A polícia cumpriu 17 mandados de prisão preventiva e 34 de busca e apreensão. — Foto: Polícia Civil.

Durante a Operação Tarântula, a Polícia Civil cumpriu mais de 50 mandados de prisão preventiva e busca e apreensão por roubos e furtos de veículos em condomínios residenciais em Cuiabá e Várzea Grande.

Segundo a polícia, as investigações começaram em dezembro de 2021 com o objetivo de identificar a atuação de uma organização criminosa com diversos membros, divididos em células distintas e funções previamente definidas, que praticava crimes em Mato Grosso.

Investigações

Durante as investigações, um mesmo modo de ação foi identificado, o que possibilitou fazer uma ligação direta da associação criminosa às ações. Os crimes praticados pelo grupo geraram um prejuízo aproximado de R$ 6 milhões para as vítimas.

Os furtos qualificados ou roubos de veículos eram praticados pelos próprios membros do grupo, geralmente adolescentes, na maior parte das vezes, dentro de condomínios de luxo.

Após as subtrações, os criminosos estacionavam os veículos em outro local para “esfriar”, ou seja, até que as primeiras iniciativas de apreensões dos veículos por parte das forças de segurança terminassem.

Ao final desse processo, os veículos eram transportados para um local previamente definido e constantemente utilizado pela organização criminosa.

Ali tinham as placas adulteradas e providenciavam os encaminhamentos dos veículos de acordo com as oportunidades oferecidas, como desmanches ilegais, vendas em plataformas digitais ou rede sociais, ou comercialização em países vizinhos.

Operação Tarântula foi realizada na manhã desta quinta-feira (1).  — Foto: Polícia Civil/Cedida

Operação Tarântula foi realizada na manhã desta quinta-feira (1). — Foto: Polícia Civil/Cedida