Patriota “expulsa” Coronel e expõe “racha” no bolsonarismo de MT

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Victório Galli se surpreendeu com ida do PSL para base de Mauro Mendes já que havia acordo da direita caminhar junta no Estado

O ex-deputado federal Victório Galli (Patriota), presidente do partido em Mato Grosso, afirma que viu com estranheza a ida do PSL para o grupo de base do Governo Mauro Mendes (DEM). A declaração ocorreu em entrevista ao Resumo do Dia.

Segundo Galli, já havia uma articulação entre os partidos PSL, Patriota e Podemos para que colocassem um nome da direita à disposição para a disputa ao Governo do Estado nas eleições de 2022. “Nós já havíamos combinado que a Direita iria andar junto. Eu não sei qual foi a decisão dele, mas foi uma decisão que não avisou o restante da direita e estamos aguardando para ver no que vai dar daqui para frente. Nós vamos caminhando, claro que estamos aguardando a direção da nacional e estamos aqui para executar o que a nacional pedir da gente” declarou.

Galli destaca que, independe do apoio do PSL, o conjunto de partidos de direta, ligados ao bolsonarismo, deve apresentar uma proposta ao Estado e lançar candidaturas a cargos majoritários. “O que nós temos que trabalhar daqui pra frente é pensar em uma alternativa que a Direita vai apresentar para Mato Grosso. Com PSL ou sem, isso vai acontecer”, garantiu o ex-deputado.

RACHA BOLSONARISTA

Em relação à Coronel Fernanda, que disputou a eleição suplementar ao Senado pelo Patriota e ficou em 2º lugar, o ex-deputado comenta que se afastou dela após a derrota. Ele insinuou que a militar só esteve na sigla para poder disputar a eleição ao Senado por ter apoio do presidente Jair Bolsonaro.

“Ela não é filiada ao partido, ela concorreu como sendo militar da ativa e só iria se filiar caso houvesse a vitória no dia da diplomação. Não aconteceu e ela nunca mais nos procurou. Acho que ela não vai ficar no Patriota e cada um está seguindo o seu caminho”, pontuou.

Porém, nos bastidores, Coronel Fernanda deve ser candidata a deputada federal em 2022, assim como Victório Galli. O afastamento ocorre porque ambos “disputariam” o mesmo cargo pelo partido.

Ele conta que o objetivo do Patriota é receber a filiação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e trabalhar por sua reeleição. Em Mato Grosso, segundo ele, o partido já está com a as chapas para deputados federais e estaduais, praticamente fechada.

“O encaminhamento é esse. Acho que é mais difícil ele [Bolsonaro] não vir, do que ele vir. Então está bem encaminhado, só se acontecer alguma coisa muito grande para ele não vir para o Patriota. O partido está de portas abertas para esperar o presidente”, concluiu.

Fonte: Folhamax, Resumo do Dia