Patologista explica sintomas da nova subvariante da Ômicron

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Uma nova subvariante da Covid-19, sequenciada como JN 2.5, que é uma variação da Ômicron, foi identificada em Mato Grosso, entre os dias 16 e 18 de janeiro, em 4 mulheres que testaram positivo para a doença. Dentre as vítimas, apenas uma que possuía a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), morreu. As outras receberam alta e seguem em isolamento domiciliar.

Mesmo com a vacina de Covid-19 e a diminuição dos casos, a doença ainda causa muito alarme em toda a população devido à sua facilidade de propagação e ao alto índice de morte nos anos anteriores.

Em todo o Brasil, foram quase 39 milhões de casos confirmados, enquanto em Mato Grosso, o total foi de 887.528. Por outro lado, o número de mortes a nível nacional ultrapassou 708.999, sendo 15.149 apenas no estado, segundo os dados do portal https://covid.saude.gov.br/, produzido pelo Ministério da Saúde.

Arquivo Pessoal

Natasha Slhessarenko

O Gazeta Digital conversou com a patologista, Natasha Slhessarenko, que explicou um pouco sobre essa nova subvariante da Ômicron, seus sintomas e efeitos.

A taxa de positividade dessa nova subvariante já está entre 35 a 40%, devido a sua facilidade de transmissão. “Essa nova variante, a JN, que já teve casos registrados em Cuiabá, pode se tornar a variante dominante no Brasil em até 3 semanas”, explica.

A médica conta que os sintomas são os mesmos da gripe, e que devido a isso, não ocorre a perda de olfato e paladar como na cepa Wuhan, variante dominante em 2020.

“Os sintomas são muito semelhantes aos gripais, como dor no corpo, mal-estar, coriza, tosse, febre. A única diferença, é que as pessoas contaminadas não perdem o olfato e o paladar”.

Ela enfatiza que o modo de prevenção ainda é os mesmos da Covid-19, sendo necessário o uso de máscaras, evitar aglomerações, evitar ambientes fechados, além de procurar uma unidade de saúde se apresentar sintomas gripais.

“É necessário tomar cuidado com pacientes acima de 65 anos, com comorbidades e imunodeprimidos. A rede pública de saúde já está utilizando antivirais para esses pacientes, que devem se isolar e usar mascaras caso testar positivo”.

Pessoas com comorbidades ou do grupo de risco, que tomaram a vacina bivalente a pelo menos 6 meses, devem se vacinar novamente.

As vacinas possuem uma grande proteção nas diversas variantes e subvariantes, já que elas já possuem a cepa Ômicron. “A vacina bivalente já possui a proteção para essa nova variante. Não existe o escape vacinal. Todas essas cepas acabam sofrendo influência da vacina, então, a ela acaba sendo muito boa para todas essas cepas”.

“Como agora muita gente já se vacinou e teve a infecção natural, elas já adquiriram anticorpos. Podemos dizer que os quadros agora podem ser mais leves, mas ainda terão mortes por Covid”.

Fonte: Gazeta Digital