Organização criminosa suspeita de aplicar ‘golpe do perfil’ é alvo de operação da polícia em MT e GO

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A Delegacia Especializada em Estelionato e Outras Fraudes deflagrou, na manhã desta terça-feira (23), a “Operação Falso Amigo” para cumprimento de 21 ordens judiciais, tendo como alvo uma organização criminosa que comete crimes de estelionato na modalidade de “perfil falso”. Os mandados são cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande e no estado de Goiás.

Na operação, são cumpridos nove mandados de prisão preventiva, 12 de busca e apreensão domiciliar, um sequestro de veículo, além de nove pessoas alvo de bloqueios, que atingiram 71 contas bancárias de integrantes da organização criminosa.

A investigação buscou a identificação de suspeitos especializados na prática de golpes realizados por meio de aplicativo de mensagens (em especial WhatsApp). Neste tipo de fraude eletrônica, parte do grupo se passa por parente ou pessoa próxima das vítimas, usando fotografias deles e se identificando falsamente para, em seguida, solicitar valores em dinheiro utilizando uma conversa enganosa.

As vítimas, pensando se tratar de parentes (filhos, netos, tios) ou de amigos próximos, são enganadas pela versão contatada pelo golpista e acabam realizando transferência de valores para as contas indicadas por eles.

O delegado Marcelo Martins Torhacs explica que, durante a investigação, foi identificado que a organização criminosa é estruturada em quatro núcleos distintos, dentre eles o que fornece suas contas bancárias para o recebimento das transferências realizadas pelas vítimas (“os conteiros”); o que é responsável pela arrecadação dos valores obtidos com as fraudes; aquele que faz contatos telefônicos com as vítimas, aplicando o falso perfil, e, por último, os líderes da organização criminosa, os quais ostentam viagens, bens e vida luxuosa às custas das infrações penais praticadas pelo grupo.

“Em apenas um dos casos, a vítima recebeu contato de integrantes do grupo criminoso e, acreditando falar com o parente, realizou transferências bancárias para várias contas, tendo um prejuízo superior a R$ 10 mil”, disse o delegado. (HNT)