Obra do Hospital Central será retomada pelo governo com proposta 20% abaixo da previsão

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A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) divulgou a classificação das 11 empresas credenciadas na Concorrência nº 002/2020 para a retomada da construção do Hospital Central de Alta Complexidade, localizado em Cuiabá; a obra está inacabada há cerca de 35 anos. O resultado foi publicado em Diário Oficial que circulou na terça-feira (27.10).

O Consórcio LC Cuiabá, composto pelas empresas Lotufo Engenharia e Construções e Concremax Concreto, Engenharia e Saneamento, foi classificado em primeiro lugar e apresentou o valor global de R$ 92.920.748,17.

A proposta apresentada é quase 20% menor do que a previsão feita pela equipe técnica da SES, que estimou o valor de R$ 113.977.878,18 para a construção e ampliação.

Outras três empresas foram classificadas para o pleito. Em segundo lugar, ficou o Consórcio RAC/BRAFER, com o valor global de R$ 97.762.435,61; em terceiro, o Consórcio HJ Saúde, com o valor de R$ 99.472.907;32; e em quarto, a Jota Ele Construções Civis, com o valor de R$ 106.069.051,80.

Sete empresas foram desclassificadas do pleito. Os motivos das desclassificações estão elencados nas respostas e nos julgamentos dos recursos administrativos da proposta de preço, disponíveis na Coordenadoria de Aquisições da Superintendência de Aquisições e Contratos. Também ficará disponível uma cópia no Portal de Aquisições.

A construção do Hospital Central tem um cronograma de execução de 22 meses. Com o investimento, a unidade contará com aproximadamente 32.000 m² de área construída, sendo 9 mil da estrutura antiga e 23 mil de ampliação.

Quando a obra for totalmente finalizada, o Hospital Central terá nove salas cirúrgicas e ainda contará com 60 leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 36 leitos da Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), 21 leitos de Pronto Atendimento, 44 leitos de retaguarda e 129 leitos de enfermaria; um total de 290 leitos voltados para o atendimento de toda a população mato-grossense.

Histórico

A construção do Hospital Central, lançada em 1984, foi pensada com o objetivo de proporcionar um atendimento de referência em alta complexidade nas especialidades de traumatologia, ortopedia e urgência e emergência de trauma. Contudo, devido ao corte de recursos do Governo Federal, a obra foi paralisada em 1987.

Em 1992, a construção do Hospital Central foi retomada pela gestão estadual, porém permaneceu inconclusa em razão de um desacordo entre o Governo Estadual e Federal. A obra voltou a ser retomada em 2004 pela gestão estadual, ocasião em que novamente foi paralisada.

Contudo, no ano de 2014, a Justiça Federal acatou parcialmente a solicitação do Ministério Público Federal (MPF) para a inclusão de recursos que viabilizassem o término do Hospital Central.