Mulher que morreu no primeiro dia de trabalho no Manso sonhava em fazer faculdade e não sabia nadar

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A mulher que morreu após uma embarcação virar no Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães, neste domingo (18), sonhava em fazer faculdade e também não sabia nadar. Ela deixa um casal de filhos pequenos e o marido que perdeu a visão há pouco tempo por causa de um acidente doméstico. Divina da Silva, de 29 anos, morava no distrito de Água Fria e costumava trabalhar como freelancer pelos estabelecimentos da região. Ela estaria muito feliz com a nova oportunidade de emprego.
“Uma menina jovem, sonhadora. Para mim, não foi acidente, foi imprudência. Primeiro que já estava escuro para atravessar o lago, uma ventania daquelas. Eles deviam ter ficado no trabalho”, disse uma amiga de Divina ao Olhar Direto.

“Outra coisa, não tinha coletes salva-vidas para colocar? Ela comentou que não sabia nadar. Pelo horário e pela ventania, foi imprudência de todo mundo. Muito triste, estou muito abalada porque ela era muito trabalhadora, sonhadora, queria terminar de criar os filhos, fazer faculdade, enfim, estava lutando”, lamentou.

Segundo informações apuradas pela reportagem, Divina terminava seu primeiro dia de trabalho no restaurante Trapiche Xaraés por volta das 19h. Uma embarcação que estaria com ao menos nove funcionários virou depois de uma onda causada pelo vento. Todos conseguiram se salvar, Dívina, porém, desapareceu.

Durante acionamento via Ciosp, o informante disse que a vítima estaria com colete salva-vidas. No entanto, durante buscas subaquáticas os bombeiros encontraram o corpo por volta das 8h20 desta segunda-feira (18), sem a proteção, submerso por 3 metros, a 40 metros da margem do lago.

Nas redes sociais, o restaurante Trapiche Xaraés publicou uma mensagem de luto e informou que está fechado temporariamente.

O condutor da embarcação não tinha habilitação para conduzi-la. “Como estamos no local durante as buscas, podemos constatar que o condutor não era habilitado pela Marinha. O condutor não apresentou sua habilitação e mais detalhes serão apurados no inquérito que será estabelecido para verificação dos fatos” disse o capitão dos Portos de Mato Grosso, capitão de fragata Alessandro Lopes Fajard Oliveira.

“A embarcação se apresenta em bom estado, parece ser nova, porém, sobre o dono, como ela não é uma embarcação inscrita, só após inquérito e apuração poderemos confirmar quem é o dono da embarcação e a atividade que ela estava envolvida no Lago do Manso”, acrescentou.

Fonte: Olhar Direto