MT tem 1,3 milhão de pessoas desprotegidas contra a Covid

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Cerca de 900 mil pessoas não compareceram aos postos de saúde para receberem a segunda dose da vacina da covid e outros 400 mil sequer apareceram para tomar a primeira. Somando os dois grupos, são quase 1,3 milhão de mato-grossenses desprotegidos contra o vírus que já matou mais de 5,3 milhões de pessoas no mundo.

Essa recusa da população tem causado um aumento de estoque dos imunizantes na central da Secretaria Estadual de Saúde (SES). De acordo com o secretário Gilberto Figueiredo, em entrevista à Rádio Capital FM na manhã desta terça-feira (21), o Estado tem mais de 450 mil doses da vacina Pfizer armazenadas.

Como há mais de um milhão de pessoas desprotegidas e um grande estoque de vacinas se formando, Mato Grosso resolveu adiantar a fila da aplicação da terceira dose, reduzindo o prazo de aplicação da dose de reforço para 4 meses após a segunda dose.

“Isso ocorreu porque, neste momento, há uma disponibilidade de doses e temos uma parcela da população que não está procurando fazer a vacinação. Nós temos em torno de 400 mil pessoas em Mato Grosso que não tomaram nenhuma dose. E temos aproximadamente 900 mil pessoas que não concluíram toda a vacinação”, disse.

As doses que estão ‘sobrando’ também criam dor de cabeça para a logística. Há preocupação, por exemplo, quanto ao armazenamento da vacina, pois as doses da Pfizer precisam estar congeladas. Na central da SES, por exemplo, as doses estão congeladas a uma temperatura de 80 graus negativos. Por isso, o governo do Estado já passou a distribuir as vacinas por demanda solicitada dos municípios.

Gilberto lembrou os números da pandemia para dar um recado aos negacionistas, que ainda recusam a vacina. O secretário destacou que no auge da pandemia 54% das mortes ocorridas em Mato Grosso eram causadas pelo coronavírus, enquanto hoje as mortes por covid-19 representam 3,9% do total.

“Em agosto, quando nós tínhamos um número substancial de pessoas internadas que foram vacinadas, a taxa de óbito caiu para menos de meio por cento. Ou seja, para as pessoas que foram hospitalizadas e estavam vacinadas, a taxa de óbito é abaixo de 1%. Isso só a vacina é a explicação”, concluiu.

Fonte: Estadão de MT