Miss Mato Grosso relata ter sido perseguida e assediada por motociclista; vídeo

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A Miss Mato Grosso Be Emotion 2019 e estudante de Odontologia, Ingrid Santin, relatou que foi perseguida e molestada por um homem enquanto seguia de moto até a casa da sua irmã. O assédio ocorreu neste domingo (26), por volta das 15h30, em Rondonópolis (a 220 km de Cuiabá).

Conforme o relato compartilhado em seu Instagram, Ingrid notou que estava sendo seguida por um homem que também estava em uma motocicleta modelo Honda Fan. Em dado momento, ela percebeu, mais a frente, uma caminhonete e pensou em ultrapassar o veículo como forma de tentar despistar o suspeito.

“Meu pensamento foi: eu vou alcançar a caminhonete, ultrapassar e assim o homem [motociclista] ficaria para trás ou até mesmo as pessoas que estavam no carro poderia impedir algo de acontece, mas eu não consegui alcançar a caminhonete”, relatou.

A estudante relatou que mesmo acelerando, o suspeito conseguiu se aproximar dela e passou as mãos em suas partes íntimas. “Eu estava correndo, mas é perigoso, pois é um bairro familiar e o homem se aproximou e ficou bem do meu lado e colocou a mão entre as minhas pernas, nas minhas partes íntimas e apalpou. Tudo foi em questão de segundos”, contou.

A jovem relatou que quase caiu da moto em que estava. “A minha reação foi de puxar a moto para outro lado, eu quase caí. E comecei a gritar, a buzinar e não tinha ninguém na rua e o homem continuo acelerando e acabou virando na rua seguinte. Foi quando cheguei na casa da minha irmã”, contou.

‘Desrespeito na delegacia’

Santin compartilhou ainda que foi nesta segunda até a Delegacia da Mulher registrar um boletim de ocorrência, no entanto, disse que se sentiu humilhada e impotente. “Hoje eu percebi porque muitas mulheres não denunciam ou quando denunciam, mesmo assim, acontece algo depois. Infelizmente percebi um sistema que não é efetivo. Quando cheguei lá, uma senhora me questionou se eu tinha a placa da moto. Ela me disse que não poderia fazer o registro sem a placa da moto”, disse.

“Eu me pergunto, sou eu, cidadã e vítima que tenho que identificar a placa e o suspeito? Sou eu que tenho que ir atrás ou é obrigação e dever da polícia? Eu nunca estudei Direito, não sei como é que acontece, mas eu realmente senti um descaso. Até que insisti para fazer o boletim de ocorrência. Então até quando vamos viver com medo? Até quando vamos temer por andar na rua? Eu só temo. É isso”, completou.

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Fonte: Hipernotícias