Mato Grosso deixa zona de alerta crítico para UTIs Covid-19

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Entre os dias 2 e 8 de maio, Mato Grosso apresentou queda superior a 9 pontos percentuais na taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) destinadas aos pacientes com Covid-19 pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com isso, o Estado saiu do quadro geral crítico para a zona intermediária de leitos em UTI para adulto.

A análise consta no boletim divulgado na quarta-feira pelo Observatório Covid-19, ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que aponta também uma ligeira redução nas taxas de mortalidade e na ocupação dos leitos de UTI.

Na semana avaliada, Mato Grosso apresentava taxa de ocupação de 79%. Mas, o percentual segue em declínio ,uma vez que na última quarta-feira estava em 73,88%.

Contudo, os pesquisadores da Fiocruz alertam que a incidência da infecção se mantém em um patamar elevado no país, inclusive em Mato Grosso, o que dá oportunidade para o surgimento de novas variantes do coronavírus (Sars-CoV-2) e torna o risco de uma terceira onda ainda mais grave.

Para se ter uma ideia, somente em 24 horas (entre os dias 11 e 12), o Estado teve 1.898 novas confirmações da doença.

“Neste momento da pandemia cabe o reforço das ações de vigilância em saúde para fazer a triagem de casos graves, o encaminhamento para serviços de saúde mais complexos, bem como a identificação e aconselhamento de contatos. Nesse sentido, a reorganização e ampliação da estratégia de testagem é essencial para evitar novos casos, bem como reduzir a pressão sobre os serviços hospitalares”, recomendam.

O Observatório da Covid-19 aponta ainda que, desde o fim de abril, há uma tendência de queda de 1,7% nas mortes por dia, enquanto os casos aumentam 0,3% por dia em nível nacional. O número de mortes, porém, continuava muito elevado na semana de 2 a 8 de maio, próximo das 2,1 mil vítimas por dia.

O percentual de pessoas diagnosticadas que vão a óbito (letalidade) também caiu, de 4,5% em março para cerca de 3,5% na última semana, o que pode indicar um aumento na capacidade de diagnóstico e no tratamento de casos graves. Até então, já foram notificadas mais de 420 mil mortes no país.

Os pesquisadores reforçam que locais e atividades de interação social, principalmente em ambientes fechados e com grande número de pessoas devem continuar sendo evitados. “Somente essas medidas, aliadas à intensificação da campanha de vacinação, podem garantir a queda sustentada da transmissão e a recuperação da capacidade do sistema de saúde”, reforçam.

Fonte: Diário de Cuiabá