Governador diz que proposta dos policiais penais beira à loucura

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O governador Mauro Mendes disse que não teve nenhuma novidade na decisão do Tribunal de Justiça em considerar a greve dos policiais penais ilegal, pois a paralisação deles era inconstitucional. A Constituição Federal de 1988 veda greve de membros das Forças Armadas e da Polícia Militar, mas a proibição foi estendida às demais forças policiais da Segurança Pública pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2017.

Os policiais penais cobravam aumento de 90% nos salários, buscando equiparação com os salários da Polícia Militar e da Polícia Judiciária Civil. O valor pago a um policial penal em início de carreira é R$ 3.150,05. Um policial civil recém-concursado ganha R$ 5.657,47, já um soldado da Polícia Militar recebe R$ 4.836,07.

“Isso beira a loucura não tem menor cabimento exigir isso, pois quando fizeram o concurso eles sabiam qual era o salário. Fazer reivindicação é algo justo, mas tem quer ter o princípio da razoabilidade. Eu também gostaria também de dobrar tudo o que ganho, que eu recebo, mas não é da noite para o dia. O estado não tem apenas uma categoria, qualquer movimento que réu possa fazer alguma classe tenho que olhar para todas as demais e para o bolso do cidadão que vai pagar essa conta”, disse o governador.

Mendes também disse que não tem conhecimento de nenhuma proposta de 15% ou 20% de aumento aos policiais penais oferecida pelo Governo do Estado. “Eu nunca falei! Não tenho conhecimento dessa proposta, houve uma conversa, mas não teve nenhuma proposta oficializada nesse valor”.

Ele reafirmou ainda que não há como conceder reajuste a uma categoria apenas e que qualquer movimento nesse sentido tem impacto na sociedade.

“Eu pergunto o cidadão mato-grossense se ele quer um governador que cuida corretamente do dinheiro público ou alguém que pressiona e ele dá, ou alguém que pede para não pagar imposto e não paga, alguém pede para aumentar a despesa e aumenta. Isso quebra o Estado de Mato Grosso como já quebrou lá em 2018”.

O governador disse que não estava preocupado com possíveis ataques das facções criminosas durante a greve dos policiais penais. Conforme as informações da PGE, o sindicato postou orientação no sentido de os servidores não receberem novos presos, não atenderem advogados e defensores dos presos,  suspender visitas e banhos de sol e até mesmo atendimento médico aos detentos.

“O estado tem que estar preparado para agir em qualquer posicionamento em cima da lei. Não tenho que ter medo de A, B ou C, porque alguém falou isso, senão não poderia ser governador desse estado”.

Fonte: Leia Agora