Governador considera 71 mil doses da Sputnik poucas e quer mais

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu a Mato Grosso autorização para a importação excepcional da vacina Sputnik V, da Rússia, em quantidade inicial de 1% da população. Neste caso, o Estado poderá adquirir 71 mil doses do imunizante russo que possui eficácia comprovada de 91,6%.

Quantidade que o governador Mauro Mendes (DEM) considerou muito pouca. Segundo a Anvisa, o quantitativo reduzido permitirá o adequado monitoramento e ação imediata por parte da própria agência reguladora, caso necessário.

A permissão, dada nesta última terça-feira (15) por meio do Circuito Deliberativo nº 539/2021, também foi concedida aos estados do Rio Grande do Norte (71 mil doses), Rondônia (36 mil unidades), Pará (174 mil), Amapá (17 mil), Paraíba (81 mil) e Goiás (142 mil). Em nota, o Governo de Mato Grosso informou que a aprovação da compra apresenta diversas condicionantes a serem cumpridas pelos estados. Por isso, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT), trabalha junto com os demais estados no sentido de cumprir todas as imposições da Anvisa para efetivar a importação. A intenção do Estado é a aquisição de 1,2 milhão de doses da Sputnik.

Hoje(16), Mauro Mendes disse que vai atuar para conseguir um número maior do antígeno. “Seguramente é muito pouco, mas nós não vamos desistir. Dificuldades existem e, lamentavelmente, a Anvisa adotou isso”, afirmou durante a inauguração do novo mirante do Parque Mãe Bonifácia, em Cuiabá. “Vamos trabalhar e arrumar um jeito de vencer essas dificuldades que foram criadas e comprar esse 1%. Depois comprar mais e ter o mais rapidamente a população mato-grossense vacinada”, completou.

Em abril, a agência havia rejeitado pedido de importação da Sputnik V. Pouco depois, os governadores do Consórcio Nordeste encaminharam à Anvisa um pedido de reavaliação sobre a vacina russa, anexando relatório da Federação Russa ao Ministério da Saúde para sanar dúvidas sobre o imunizante.

Com isso, em 9ª reunião extraordinária pública da Diretoria Colegiada realizada no dia 04 de junho, a Anvisa aprovou a importação com restrições. Essas mesmas responsabilidades e condições controladas também valem para os sete estados que tiveram a autorização neste último dia 15.

“Estamos trabalhando para vencer essa enorme carga burocrática que ela (Anvisa) criou e vamos prosseguir. Nosso objetivo é comprar vacina, ter vacina o mais rápido possível”, reforçou Mendes.

Uma das principais condições impostas é de a vacina deverá ser utilizada apenas na imunização de indivíduos adultos saudáveis. Além disso, todos os lotes dos antígenos importados somente poderão ser destinados ao uso após liberação pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS)

. A Anvisa determina ainda o envio de relatórios periódicos de avaliação benefício-risco da vacina; e que o imunizante deverá ser utilizado em condições controladas com condução de estudo de efetividade, com delineamento acordado com a Anvisa e executado conforme boas práticas clínicas.

A Anvisa poderá, a qualquer momento, suspender a importação, distribuição e uso das vacinas importadas; dentre outros aspectos destacados no voto do relator.

Fonte: Diário de Cuiabá