Escolhido para reitor da UFMT, professor espera ser nomeado por Bolsonaro

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Escolhido pela comunidade acadêmica da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para estar à frente da instituição pelos próximos quatro anos, Evandro Soares, professor do curso de Engenharia Elétrica, deve passar por mais duas etapas para que possa de fato assumir o cargo.

Sem poder vinculante, a consulta feita junto a professores, estudantes e técnicos tem por objetivo apenas expressar o desejo da comunidade acadêmica. Ainda cabe ao Colégio Eleitoral Especial (CEE)  formado pelos conselhos Universitário (Consuni), de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) e Diretor (CD), formar e enviar uma lista tríplice ao Governo Federal. O presidente tem, por lei, o direito de escolher qualquer um dos três nomes enviados pelo CEE.

Tradicionalmente, desde a redemocratização, os presidentes acatam a escolha da comunidade acadêmica e nomeiam o mais votado. Jair Bolsonaro (sem partido), entretanto, já ignorou os nomes vitoriosos algumas vezes. Em agosto do ano passado, por exemplo, o presidente nomeou o terceiro colocado na lista tríplice para reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), gerando grande descontentamento.

Em vídeo, Soares, que compôs a Chapa 2, intitulada ‘Somos todos da UFMT’,  em conjunto com a professora Rosaline Rocha Lunardi, como vice-reitora, disse esperar que o CEE e o presidente atendam a escolha feita pelo corpo docente, discente e de técnicos.

“Muito obrigado pelo apoio e cada um dos votos depositados em mim e na professora Rosaline. A UFMT deve ser um fio condutor para proporcionar energias positivas no desenvolvimento humano, social, científico e tecnológico do estado de Mato Grosso. Espero que a vontade da comunidade acadêmica, manifestada na votação eletrônica, ecoe no Colégio Eleitoral e posteriormente seja confirmada pela Presidência da República”, disse.

Conservadores

A chapa vencedora, composta por Evandro Soares, foi a de perfil mais progressista entre as concorrentes. Os outros dois candidatos à reitoria, Danieli Artuzi Pes Backes e Alexandre Paulo Machado, representavam propostas mais conservadoras. Ambos estiveram reunidos com Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro, no ano passado.

Danieli Backes chegou a fazer parte do Docentes Pela Liberdade (DPL). Beckes, entretanto, teria se desentendido e saído do grupo. Já Alexandre Machado, abertamente defensor de posicionamentos bolsonaristas, segue no DPL. Em sua apresentação, o grupo chegou a ser definido por uma das integrantes, professora Cecília Moraes, como “a favor da liberdade e contra a esquerda”.

Fonte: PNB Online