“É inviável mudar de VLT para BRT”, afirma presidente do Crea

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O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea/MT), João Pedro Valente, disse em entrevistas aos jornalistas durante vistorias às obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), ontem, que a mudança de VLT para BRT é inviável. “É anti-econômico neste momento. Para mudar de modal vai gastar cerca de R$ 500milhões à R$ 600 milhões. E o que já foi investido fica como, vai para o lixo toda essa estrutura?”, indaga o presidente.

Recentemente o governador Mauro Mendes (DEM) disse que estuda a mudança do modal de transporte para BRT (Bus Rapid Transit), em virtude da situação econômica atual do Estado. A possibilidade é criticada por deputados, vereadores e também pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que afirma ser a favor da continuidade das obras do VLT. “Sou 100% a favor do VLT”.

“Essa discussão não deveria nem ser valorizada, deveríamos trabalhar para a conclusão dessa obra do VLT. Não é possível dizer que não tem recurso e deixar um patrimônio desse parado”, argumenta o presidente do Crea em relação às declarações de Mendes.

O presidente do Crea disse também que a não conclusão das obras do VLT é um retrocesso. “O VLT é mais limpo, mais moderno e não fazê-lo seria dar um passo para trás”.

O projeto previa duas linhas com 22 km de extensão e 33 estaçõe que atenderiam a 120 mil usuários por dia. Foram comprados 40 trens da empresa Caf e que atualmente estão parados em um pátio na região do Aeroporto em Várzea Grande.

O contrato com o Consórcio foi rompido pelo governo estadual em dezembro de 2017, pelo então governador Pedro Taques (PSDB), sob alegação de que o Consórcio VLT não cumpriu o previsto no contrato e pediu multa de R$ 147 milhões, ação que segue até o momento sem definição.

O governador Mauro Mendes, disse no início desse mês que em 30 dias apresenta uma solução ao VLT. Esse prazo acaba em 6 de julho e esta decisão é aguardada com ansiedade por todos.

Fonte: Cuiabano News