Distrito Industrial de Cuiabá deve receber gasoduto boliviano no próximo ano

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As obras que vão garantir o abastecimento de gasoduto boliviano para cerca de 40 fábricas do Distrito Industrial de Cuiabá serão iniciadas nas próximas semanas. A previsão é que as construções terminem dentro de dez meses. A ordem de serviço foi assinada pelo governador Mauro Mendes (União) na semana passada.

Com 30 quilômetros de extensão, a tubulação vai beneficiar já de forma imediata as fábricas, gerando economia de até 50% no custo das operações. Com capacidade para fornecer 4,5 milhões de metros cúbicos de gás natural por mês, o novo gasoduto representou investimento de R$ 33.2 milhões. A expectativa é de que quando for concluído, um total de 260 empresas sediadas na área sejam impactadas.

Para o presidente da Associação dos Empresários do Distrito Industrial de Cuiabá (Aedic), Kennedy Sales, a obra propicia maior competitividade, ao passo em que as indústrias conseguem ter acesso à matriz energética a um custo menos elevado. “E estando mais competitivas, elas conseguem gerar mais empregos, produzir mais impostos, então, é um impacto para toda a sociedade”, comenta.

O processo licitatório foi realizado pela MT Participações e Projetos S.A (MT PAR), em parceria com a Empresa Mato-Grossense de Gás (MT Gás). A vencedora do certame foi a Construtora Elevação, de Curitiba (PR). Na construção, ela usará a tecnologia de furo direcional, um método não destrutivo e que não requer a retirada do asfalto para a instalação do duto.

Presidente licenciada da Aedic, a senadora Margareth Buzetti recorda que esta é uma luta antiga, mas que agora trará resultados positivos para todo o estado. “Acompanho e luto juntamente com os demais empresários há mais de 8 anos para ter um fornecimento contínuo de gás natural. Conseguimos isso e agora vamos expandir no Distrito Industrial a utilização da matriz”, pontua Buzetti.

Mauro Mendes afirma que agora pretende ampliar a oferta do gás natural. “O gás natural está aqui há 22 anos, mas era usado basicamente para termoelétrica e alguns momentos no abastecimento veicular. Nós o estabilizamos, com um contrato direto com os bolivianos. Agora colocamos no Distrito e o próximo passo é expandir isso para outros lugares do estado e em regiões da baixada cuiabana.

O diretor-presidente da MT Par, Wener Kesley dos Santos, comemora o desenvolvimento do empreendimento e ressalta que essa será a primeira grande obra de gasoduto em Mato Grosso. “Ele terá 30 quilômetros de extensão, pegando desde o distrito industrial até o Atacadão, na saída de Cuiabá. Deve gerar uma economia no entorno de 50% para essas empresas”.

Fonte: PNB