Delegado não descarta envolvimento com facção e crime passional no duplo homicídio

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O delegado de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), Nilson Farias, disse, na manhã desta quinta-feira (28), que não descarta a possibilidade de envolvimento de facção criminosa no assassinato do empresário Gersino Rosa dos Santos, dono da Nenê Games, no Shopping Popular, em Cuiabá, em 2023. Nilson também citou que a hipótese de crime passional também é uma das linhas de investigação da polícia. O disparo do executor ainda acabou atingindo o funcionário do local, Cleyton de Oliveira de Souza Paulino.

As informações foram prestadas em entrevista coletiva concedida no final da manhã desta quinta, quando Silvio Junior Peixoto, de 26 anos, acusado do duplo assassinato chegou a Cuiabá. Ele foi recambiado de Uberlândia (MG), onde foi preso no início da semana, por aeronave do Ciopaer.

“É uma possibilidade [envolvimento de facção]. Se foi organização criminosa, contrabando de cigarro ou se foi agiotagem, tudo é possibilidade que vai ser esclarecida ao longo dessa segunda fase das investigações”, disse o delegado à imprensa. O acusado passará por audiência de custódia ainda nesta quinta-feira, onde será definido para qual unidade penitenciária ele será encaminhado, pois já tem a prisão temporária decretada pela Justiça.

Indagado, o delegado também citou que a possibilidade de crime passional, “é uma das linhas de investigações”. Contudo, Nilson afirmou que, agora, o caso segue sendo apurado para descobrir a real motivação e os mandantes, visto que Silvio ainda não revelou essas informações.

Em depoimento ainda em Minas Gerais, Silvio revelou que veio para Cuiabá apenas matar Gersino, pela quantia de R$ 10 mil. O disparo acabou atingindo o funciário Cleyton, que não era alvo do crime, segundo o delegado.

Conforme Nilson, o acusado relatou que tinha conhecimento sobre a arma que utilizou para atirar nas vítimas, uma pistola 9 milímetros.

“Uma pessoa que faz um disparo de uma arma que tem um calíbre com muita velocidade, não impactante, mas sim transfixante, sabe que se efetuar o disparo na nuca de alguém, num lugar com grande aglomeração de pessoas, vai certamente acertar um terceiro que não tem nada a ver com aquilo (sic)”, explicou o delegado. (HNT)