Cuiabá vence o Paysandu no Mangueirão e é bicampeão da Copa Verde; vídeo

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Após um jogo de muita superação, o Cuiabá conquistou o título da Copa Verde, na noite desta quarta-feira (20), em pleno Mangueirão. Jogando diante de um caldeirão com mais de 30 mil torcedores e suportando a pressão do adversário que colocou duas bolas na trave, o Dourado que tinha a obrigação de vencer, reverteu a vantagem do Paysandu com gol de Paulinho aos 49 minutos do segundo tempo e levou a definição para os pênaltis.

Na cobrança dos tiros livres, foi mais competente e ganhou por 5 a 4, para comemorar o bicampeonato. A equipe cuiabana havia conquistado o título em 2015 com vitória épica sobre o Remo, também do Pará por 5 a 1. Houve festa da pequena torcida do Cuiabá que viajou para Belém (PA) para assistir ao confronto.

Primeiro tempo

Mesmo jogando com a vantagem do empate, o Paysandu empurrado por sua grande torcida começou o jogo no campo de ataque, pressionando o Cuiabá, que tinha dificuldades para sair. Apesar da pressão, o primeiro chute do Paysandu só saiu aos 14 minutos, com Nicolas arriscando de fora da área, para a defesa de Victor Souza.

A resposta do Cuiabá veio um minuto depois em uma jogada de contra-ataque. Felipe Marques recebeu, limpou a jogada e chutou forte, alta por cima do travessão. Só a partir dos 20 minutos o Dourado começou a equilibrar as ações depois da correria intensa do Papão.

O Paysandu voltou a assustar aos 22 minutos um chute de fora da área de Tomas Bastos. A bola passou raspando a trave direita de Victor Souza. Em sua melhor chance, o Cuiabá desperdiçou. Em outro contragolpe, Djavan recebeu na área e chutou por cima da trave. Aos 31 minutos, quase o gol do Paysandu. Em cobrança de falta, para a área, Nicolas meteu a cabeça e acertou a trave de Victor Souza. Na volta, Caique caiu sobre a bola e o árbitro deu toque de mão.

O Cuiabá teve outra chance aos 37 minutos, quando, Jefinho se antecipou à defesa e desviou para o gol. O goleiro bem colocado fez a defesa. O jogo era bom. No lance seguinte, foi a vez de Vinicius Leite do Paysandu, arriscar com chute firme e forçar o goleiro do Cuiabá a praticar uma ótima defesa.

Segundo tempo

O Cuiabá voltou para a segunda parte com Escudero no lugar de Alê, na tentativa de dar mais criatividade e ofensividade, já que o empate não interessava. Mas o Papão, a exemplo do primeiro tempo, começou fazendo pressão e aos 5 minutos, quase marcou com Nicolas que recebeu na entrada da área e chutou para fora.

Aos 28 minutos, o Cuiabá deu grande susto. Felipe Marques recebeu cruzamento da direita e meteu a cabeça. A bola saiu por cima do travessão, com muito perigo. Quase o gol. Para reforçar o ataque, o técnico Marcelo Chamusca tirou Moisés e colocou Alex Ruan. Aos 32 minutos, o Paysandu meteu a bola nas redes em contra-ataque, mas o árbitro deu impedimento no lance, confirmado pelo VAR.

Aos 35, o Cuiabá teve ótima oportunidade, quando Jefinho recebeu na grande área e deu um giro, chutando firme para o gol. A bola passou por cima do travessão. Aos 40 minutos, o Paysandu colocou  outra bola na trave. Em cobrança de escanteio, Nicolas subiu mmais que a zaga do Cuiabá e carimbou o travessão de Victor Souza. Aos 44 o Paysandu teve outra chance real em contra-ataque.Viniciu Leite  foi lançado, ficou de frente para o gol, mas a zaga do Cuiabá cortou na hora para escanteio.

O final foi emocionante com o jogo aberto. Mas aos 49 minutos, o Cuiabá marcou o gol, quando o título já parecia decidido a favor do Paysandu. Escudero bateu falta aos 49 minutos e Paulinho meteu a cabeça na bola, acertando o ângulo de Giovani. Gol do Cuiabá e o estádio Mangueirão fica em silêncio.

A decisão foi para os pênaltis. Na cobrança dos tiros livres, o Dourado foi mais competente e venceu por 5 a 4, para fazer a festa do bi no Mangueirão. O Cuiabá começou batendo e Ednei, de cara, desperdiçou a primeira cobrança. O Paysandu passou o restante da sequência em vantagem. Leandro Lima, Thiago Primão, Tony e Micael acertaram. Do lado do Cuiabá, Gutierrez, Escudero, Alex Ruan e Paulinho converteram. A última batida da série ficou a cargo de Caíque Oliveira, considerado o melhor cobrador do time. Era só fazer e o Paysandu seria campeão. De estilo excêntrico, acabou mandando direto para fora. Felipe Marques iniciou as alternadas e acertou. Nicolas, autor do gol da vitória na Arena Pantanal, tinha que marcar e chutou no travessão. Fim de papo! Cuiabá campeão da Copa Verde, com festa de um grupo de oito torcedores nas arquibancadas do Mangueirão.

Acabou a invencibilidade

Hélio dos Anjos chegou ao Paysandu no dia 31 de maio e o clube não havia sofrido uma derrota sequer desde então. Foram 22 jogos invictos. Agora são 23 partidas, 6 vitórias, 16 empates e um derrota. A temporada acabou para o time paraense, que só volta a campo em janeiro, pelo estadual. O técnico tem contrato até o final de 2020.

Teve mosaico

Até antes da bola rolar, a torcida do Paysandu proporcionou uma grande festa nas arquibancadas. Tradição nos últimos anos em jogos decisivos, a Fiel apresentou um novo moisaico na entrada dos jogadores ao gramado.

Mosaico mostrando um bicho-papão foi mostrado na entrada dos times em campo (Foto: André Laurentt/TV Liberal)

Com a conquista do título, o Cuiabá conquistou o direito de disputar a Copa do Brasil de 2020, indo diretamente para as oitavas de final, além de embolsar uma gorda premiação de 2,5 milhões.

Veja os melhores momentos do jogo

Agenda

O Cuiabá volta a campo neste sábado (23) pela Série B para enfrentar o Botafogo-SP em jogo marcado para as 16 horas (de MT)  no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto. Sem chances de acesso ou rebaixamento, as duas equipes cumprirão tabela na competição, em busca de melhorar a campanha. Já o Paysandu, que não está participando de nenhuma outra competição, entra em férias após a final da Copa Verde.

Escalações

Paysandu: Giovanni, Tony, Micael, Perema e Bruno Collaço; Caíque, Wellington Reis e Tomas Bastos (Leandro Lima); Vinícius Leite, Eliélton (Hygor Silva) e Nicolas. Técnico: Hélio dos Anjos.

Cuiabá: Victor Souza, Jonas, Ednei, Anderson Conceição e Paulinho; Moisés (Alex Ruan), Djavan e Toty (Augustin Gutierrez); Alê (Escudero), Jefinho e Felipe Marques. Técnico: Marcelo Chamusca.