Cuiabá chega a nível pré-epidêmico de casos de SRAG

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O novo Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), sinaliza para um patamar similar ao de abril em casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – o mais baixo desde o início da epidemia de covid-19 em todo o Brasil. Boa parte dos municípios de Mato Grosso está mantendo tendência de queda no número de casos. Cuiabá, por sua vez, é uma das três capitais que atualmente está em nível semelhante ao pré-epidêmico.

Conforme a pesquisa, das 27 capitais,  além de Cuiabá, Palmas e São Luís também estão em macrorregiões de saúde em nível pré-epidêmico. Atualmente, quatro estão em nível epidêmico (Belém, João Pessoa, Porto Velho e Vitória), 18 estão em nível alto (Aracaju, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Macapá, Maceió, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Teresina), duas em nível muito alto (Belo Horizonte e Boa Vista), e nenhuma em nível extremamente alto.

A pesquisa destaca que, apesar do sinal geral de queda ou estabilização, o aumento recente na faixa etária de 0 a 11 anos em diversos estados do Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste chama a atenção. “Em termos proporcionais, esse crescimento é ainda mais expressivo na faixa de 5 a 11 anos de idade. Por ser restrito às últimas semanas, ainda não é possível identificar com clareza o vírus responsável por esse aumento, embora o Sars-CoV-2 (Covid-19) continue sendo predominante em todas as faixas etárias”, explica o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

O estudo mostra queda na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e estabilidade na tendência de curto prazo (últimas três semanas). Os dados referentes aos resultados laboratoriais por faixa etária apontam que o Sars-CoV-2 se mantém dominante, especialmente na população adulta. Embora não se destaque no dado nacional, o vírus influenza A H3N2 mantém presença em diversas faixas etárias no Rio Grande do Sul.

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 2,0% para influenza A, 0,2% para influenza B, 5,9% para vírus sincicial respiratório (VSR) e 78,2% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 0,7% de influenza A, 0,2% de influenza B, 0,2% de vírus sincicial respiratório e 96,5% de Sars-CoV-2 (Covid-19).

Fonte: PNB