Câmara avalia pedido de comissão processante contra Emanuel; votação acontece nesta quinta

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O requerimento solicitando a abertura de Comissão Processante contra o prefeito afastado, Emanuel Pinheiro (MDB), foi lido durante a sessão ordinária desta terça-feira (26), na Câmara Municipal de Cuiabá. O pedido deve ser votado nesta quinta-feira (28).

O requerimento foi lido pelo vereador Demilson Nogueira (Progressistas). Após a leitura, o presidente da Casa, vereador Juca do Guaraná Filho (MDB) notou a falta de documentação pessoal do autor do pedido, o segundo suplente de vereador, Fellipe Corrêa (Cidadania), e solicitou a apresentação dos documentos para que seja feita a votação na próxima sessão.

Juca ainda pediu para que todos os parlamentares estejam com a cópia do requerimento em mãos na próxima sessão, que deve ocorrer à votação.

O documento foi assinado pelo segundo suplente de vereador, Fellipe Corrêa (Cidadania), acompanhado dos vereadores Diego Guimarães (Cidadania), Dilemário Alencar (Podemos), Michelly Alencar (DEM) e tenente-coronel Paccola (Cidadania).

O pedido de abertura da Comissão se baseia nas investigações que apuram a existência de uma suposta organização criminosa montada para contratações irregulares de servidores com objetivo de acomodar indicações de políticos em cargos da Secretaria da Saúde.

Segundo as investigações, Emanuel teria feito mais de três mil 500 contratações temporárias só na secretaria de Saúde – a maioria ilegais -, com pagamentos do “Prêmio Saúde”, também conhecido por “Mensalinho”.

Para ser instaurada a Comissão, serão necessários 17 votos, mas a oposição se resume a cinco legisladores. São eles: vereador Diego Guimarães (Cidadania), vereador Dilemário Alencar (Podemos), vereador tenente-coronel Paccola (Cidadania), vereadora Michelly Alencar (DEM) e vereadora Edna Sampaio (PT).

Da bancada de oposição ao prefeito afastado, Paccola fez um apelo para que os colegas de Parlamento leiam toda a denúncia e não enganem a população com o fato do afastamento de Emanuel ter acontecido apenas por causa de contratações de indicação política.

“Muitos estão achando que a denúncia foi simplesmente por cargos temporários. Não é isso. É pela forma como se foi decidido Prêmio Saúde, pelo não cumprimento do TAC do Ministério Público, pela tentativa de obstrução de Justiça de ações do Gaeco, que foi impedido de acessar materiais da secretaria de Saúde. Não engane o povo sobre o afastamento ser meramente porque tinham contratações de indicação política, o crime apontado são outros”, disse Paccola.

Fonte: O Bom da Notícia