Bandidos causaram prejuízo de R$ 39 milhões com roubo e adulteração de fertilizantes

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Os bandidos alvos da Operação Placebo, deflagrada na manhã desta quarta-feira (27) em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, causaram prejuízo acima de R$ 39 milhões para empresas de transporte, agenciamento, produção e comercialização de fertilizantes agrícolas por conta de furtos, roubos e desvio de carregamentos de fertilizantes, somente em 2019.

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), Polícia Rodoviária Federal, Polícia Judiciária Civil e Polícia Militar participaram da ação. Durante o dia, foram cumpridos 21 mandados e busca e apreensão pessoal e domiciliar e quatro mandados de prisão preventiva, além de medida judicial de proibição de contato entre os investigados, sequestro e bloqueio de bens.

As ordens judiciais foram cumpridas na região de Rondonópolis e Cáceres, no Estado de Mato Grosso, e em São Gabriel do Oeste e Dourados, no Mato Grosso do Sul.

As investigações apuraram que os criminosos tinham diversos modus operandi para praticar os crimes. Em um deles, levavam toda a carga de fertilizantes e ainda cooptavam os motoristas dos veículos para o crime. Em seguida, trocavam a carga por material “adulterado” para ser entregue ao destinatário, que no caso são os produtores rurais.

Como o produto entregue se tratava de uma simulação, sem estar destinada a nenhuma propriedade para o plantio, causava prejuízos diretos às lavouras, bem como aos transportadores, agenciadores e muitos outros que arcavam com os prejuízos das cargas subtraídas.

Na sequência, esse material verdadeiro era novamente “adulterado” e multiplicado, no qual eram adicionados produtos de baixo ou nenhuma qualidade, sendo posteriormente revendido a outros produtores rurais como fertilizante agrícola legítimo.

Apurou-se também que diversas empresas atuavam como verdadeiras “fabricantes” de nota fiscal, com a finalidade de legalizar uma “fictícia” entrada do produto em estoque, sendo que essas empresas ainda eram utilizadas para emissão de notas fiscais de venda e transporte do material subtraído, com aparência de produto legal.

Fonte: Repórter MT