Acionada na Justiça, construtora nega defeito estrutural em prédio

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A construtora São Benedito negou, por meio de nota, que seja responsável por problemas de infiltração, vazamentos, drenagem e impermeabilização no edifício Royal President, localizado no bairro Quilombo, em Cuiabá.

Um grupo de moradores do edifício de alto padrão entrou com uma ação na Justiça, onde alega que, desde 2019, os problemas resultam em “umedecimento das vagas de garagem imediatamente abaixo da piscina”.

Os moradores pedem que aos réus façam os reparos inerentes aos vazamentos da piscina com infiltração para a garagem e deterioração da estrutura entre os andares. Além da São Benedito, a empresa SPE Presidente Marques Empreendimento Imobiliário Ltda. também é acusada pelos danos e foi acionada na Justiça.

A ação, chamada de obrigação de fazer com conversão em perdas e danos, pediu, em sede de tutela de urgência, que os réus realizem, imediatamente, “os reparos de várias vicissitudes classificadas como críticas no laudo de inspeção predial, realizado na área comum do condomínio, a saber: infiltração da piscina nas lajes e nas vigas”.

O pedido foi negado pela juíza Ana Paula da Veiga Carlota , da 5ª Vara Cível de Cuiabá, que marcou audiência entre as partes para o próximo dia 3 de julho.

“Nunca existiu problema na estrutura”

A construtora São Benedito afirma que não está materializado nos autos a existência de qualquer defeito estrutural que comprometa a segurança dos moradores. “Mesmo porque tal defeito inexiste e será comprovado nos autos pelo Grupo São Benedito quando do seu exercício do contraditório e ampla defesa”, diz a nota.

“A verdade que ora se restabelece, baseada em vistorias e no histórico de chamados, ratificamos e reiteramos que nunca existiu nenhum problema na estrutura do empreendimento, não existe nenhuma deformação que aponte qualquer risco estrutural. Portanto não existe hoje e nunca existiu qualquer risco de colapso no edifício”, diz a construtora.

Segundo a empresa, referente especificamente aos problemas de infiltração na piscina, foi prestada a devida assistência técnica e posteriormente foram feitos os testes de estanquidade que atestaram a correção do problema.

“Depois de testada e cheia não apareceram mais os sinais de infiltração na piscina. Porém, no fim do período de estiagem e iniciado o período de chuvas surgiu novo ponto de infiltração, que eventualmente pode ser originário das floreiras ou de algum outro ponto fora da piscina que teve a manta danificada e não necessariamente tem origem da piscina”, afirma a São Benedito.

“Cabe ao condomínio do edifício entregue em 2018 apresentar o plano de manutenções preventivas previstas nas normas técnicas e orientadas nas tabelas de manutenções do manual do proprietário”.

A construtora ressaltou que presta as assistências técnicas necessárias, mas não faz manutenções, “que é de responsabilidade do condomínio, ainda mais quando se trata de mau uso”.

A São Benedito disse ainda que sua equipe de assistência técnica vem atendendo todas as solicitações consideradas procedentes, que preza pelo bom relacionamento com os seus clientes e parceiros e tem total interesse na conservação de seus empreendimentos.

Fonte: Midianews