Segunda onda da Covid-19 em MT pode vir como repique da primeira

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Um relatório sobre a atual situação da Covid-19 em Mato Grosso foi apresentado durante reunião da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa.

Com número de novos casos e de óbitos em declínio, a possibilidade do surgimento de uma segunda onda da pandemia é uma das preocupações das autoridades públicas estaduais.

Até a tarde da última terça-feira (27), o Estado contabilizava 141.764 infectados e 3.817 mortes em decorrência do novo coronavírus, que causa a doença.

De acordo com o deputado Lúdio Cabral (PT), no último sábado (24), Mato Grosso fechou com 637 casos de pessoas contaminadas, média móvel de sete dias.

Esse patamar é semelhante à última semana do mês de junho, quando o Estado estava em franca aceleração da curva epidêmica.

Mas, quando a escala é feita de 14 dias os casos de pessoas contaminadas caem.

“Hoje, a curva de óbitos dia está em declínio. Mas, no mês de junho, os óbitos chegaram a mais de 1.200. Foi o mês mais sofrido de Mato Grosso. A cada mês, há 1/3 de redução de óbitos. Caso isso se mantenha, em fevereiro de 2021, há possibilidade de não haver mais óbitos no Estado”, avaliou o deputado.

Em relação à possível segunda onda da Covid-19, Cabral afirmou que, nos mais de140 mil casos de Covid-19 confirmados, existem pelo menos, segundo ele, mais de 1,4 milhão de pessoas infectadas, representando 41% da população mato-grossenses, mas a maior parte já imunizada.

“Haverá uma segunda onda? Como no Brasil as características de comportamento e isolamento social são feitas sem o rigor dos países europeus e asiáticos. A primeira onda será prolongada, encobrindo a princípio uma segunda onda. Mas, se ocorrer uma segunda onda será um prolongamento dentro da primeira”, disse por meio da assessoria de imprensa. “Não haverá uma estabilidade para depois ter uma segunda onda. A segunda onda já deveria ter acontecido. Ela pode vir como um repique ainda dentro da primeira onda”, completou.

Nesse contexto, conforme a assessoria de imprensa, o deputado Dr. João afirmou que parece que em Mato Grosso acabou a pandemia da Covid-19, porque até show já está sendo realizado no Estado, promovendo aglomerações.

“É preciso ter cuidado, porque a segunda onda vem e pesada. Provavelmente, vem dentro da primeira onda. Hoje, a vida está normal. Não está havendo cuidados, porque já teve até show no final de semana que foi uma loucura”, disse o parlamentar.

Opinião semelhante tem o deputado Dr. Gimenez. “Os estabelecimentos comerciais de muitos países europeus voltaram a fechar após as 18 horas. No Brasil, o que está acontecendo é um descaso por parte da população, talvez seja por causa da falta de informações e até mesmo por falta de medo da doença”, afirmou.

UTI – Em Mato Grosso, a taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), destinadas exclusivamente para atendimento dos pacientes com Covid-19, já chegou a 100% da capacidade.

Mas, nesta semana, o Estado alcançou os níveis mais baixos, desde maio passado. Na última terça-feira, o índice de ocupação dos leitos intensivos chegou a 40,76%.

Do total de infectados, 5.504 pessoas estão em isolamento domiciliar e 131.941 estão recuperadas.

Entre casos confirmados, suspeitos e descartados para a Covid-19, há 161 internações em UTIs públicas e 149 em enfermarias públicas.

Dentre os dez municípios com maior número de casos de Covid-19 estão: Cuiabá (28.587), Rondonópolis (10.504), Várzea Grande (9.949), Sinop (7.045), Sorriso (6.229), Lucas do Rio Verde (5.871), Tangará da Serra (5.664), Primavera do Leste (4.881), Cáceres (3.455) e Campo Novo do Parecis (2.879).

Já o boletim com o panorama da situação epidemiológica da Covid-19 mostra que os 141 municípios do Estado apresentam a classificação com risco baixo para o novo coronavírus.

De acordo com a definição dos riscos é necessária a adoção de medidas restritivas para o controle da propagação do vírus nas cidades.

Os indicadores de classificação de risco são atualizados duas vezes por semana pelo órgão estadual de saúde.

Vale lembrar que, atualmente, não existe vacina para prevenir a infecção pelo novo coronavírus.

A melhor maneira de prevenir a infecção é evitar ser exposto ao vírus.

Entre as medidas, estão lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos e se não houver água e sabão, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.

Também deve-se evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas; evitar contato próximo com pessoas doentes; cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo; e limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.

Fonte: Diário de Cuiabá