O governador Mauro Mendes (DEM) anunciou, na noite desta segunda-feira (18), que irá retomar as obras do Hospital Central de Cuiabá, que estão paralisadas há mais de 30 anos.
Mendes ainda afirmou que lançará uma nova licitação para a conclusão do novo Hospital Universitário Júlio Müller, localizado na Rodovia Palmiro Paes de Barros, cuja construção está parada desde 2014.
O anúncio do democrata foi feito ao lado do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), durante a inauguração do Hospital Municipal de Cuiabá.
De acordo com Mendes, já na próxima semana o Governo do Estado deverá apresentar o projeto executivo e o cronograma do edital de lançamento do Hospital Central.
“Na segunda-feira [25], vamos apresentar o projeto para a finalização desse hospital, que será um hospital de 23 mil m³. Também vamos detalhar o trabalho que está sendo feito para solucionar o problema do Hospital Júlio Müller, que tem 58 mil m². Nós estamos na etapa final e vamos apresentar o cronograma para a licitação do Hospital Julio Müller”, disse.
Canteiros parados
Iniciadas em 1984, no governo Júlio Campos (DEM), as obras do Hospital Central foram suspensas por dois anos após denúncia de suposto de desvio de verba. Desde então, a construção – que previa a criação de aproximadamente 300 leitos para desafogar o Pronto Socorro da Capita – encontra-se abandonada pelo Poder Público.
Em 2010, a construção deveria ter sido retomada, conforme decisão judicial, mas apenas dois anos depois o então governador Silval Barbosa (PMDB) assinou o procedimento de manifestação de interesse para a modelagem do projeto de estruturação da obra.
Uma empresa chegou a ser qualificada para firmar a Parceria Público-Privada. Contudo, o processo iniciado foi paralisado e continua até hoje, apesar da decisão judicial. Na ocasião, o Governo calculou que a execução da obra custaria de R$ 102,9 milhões – sendo R$ 77,9 milhões em desenvolvimento, elaboração de projetos e execução da obra e R$ 24,9 milhões para compra de equipamentos e mobiliário.
Já a obra do novo Hospital Júlio Müller, na Rodovia Palmiro Paes de Barros, foram iniciadas em 2012 e, conforme o cronograma inicial, deveria ter sido entregue em 2014. Cinco anos se passaram e o projeto orçado em R$ 116 milhões, à época, pouco avançou. A situação motivou o Ministério Público Federal a abrir um inquérito civil no início deste ano.
A obra foi paralisada em 2014, por uma decisão do Governo Silval Barbosa, sob a justificativa de que haviam irregularidades no projeto e no terreno onde a unidade está sendo construído.
No ano passado, a Controladoria Geral da União (CGU), em Mato Grosso, apontou irregularidades no convênio firmado entre a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Governo do Estado para a realização da obra. Segundo a CGU, caso a obra não seja finalizada, o prejuízo estimado seria de R$ 11,6 milhões – referente ao valor já investido na construção.
Fonte: Midianews
