Vídeo mostra momento de prisão de ‘disciplina’ do Comando Vermelho

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O “disciplina” da facção criminosa Comando Vermelho (CVMT), Anderson Carlos Alves Pinheiro, que é conhecido no mundo do crime como “Anderson Bidê”, é um dos alvos da Operação Bereu, deflagrada na manhã desta quarta-feira (10) pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) em Cuiabá e Várzea Grande. As informações são do Hipernotícias.

O HiperNotícias recebeu em primeira mão o vídeo do momento da prisão de Bidê ocorrida no Residencial Nico Baracat, em Cuiabá. (Veja no final da matéria). No grupo criminoso, o disciplina é o responsável por fazer com que os outros membros do grupo cumpram as ordens emitidas pelos líderes da facção criminosa.

Por sua vez, Bidê era o “responsável” pelo bairro Tijucal. A GCCO identificou que ele e mais um criminoso, que atuavam como líderes de rua no bairro, eram o “braço direito” do líder da facção que está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), localizada no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá.

As determinações, segundo a Polícia Civil, eram feitas por meio de cartas, que são conhecidas dentro de unidades prisionais como `bereu’, nome que deu origem à operação.

Bidê e mais 24 pessoas foram presas na ação policial deflagrada nesta quarta-feira. Além das prisões, 27 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. De acordo com a Polícia Civil, também foram cumpridas outras ordens judiciais

A Polícia Civil informou que os criminosos integram uma organização criminosa que agia, especificamente, no bairro Tijucal, em Cuiabá, onde criminosos exigiam o pagamento de taxas a moradores daquela região.

bereu

Entre os valores cobrados estão pagamentos para integrarem a própria organização criminosa, cobranças a empresários do bairro e também taxas cobradas para que “bocas de fumo” pudessem funcionar na região.

Estrutura criminosa

As investigações revelaram ainda como funcionava a estrutura da organização criminosa, sendo que seu principal líder está preso e, na PCE, dava as ordens a seus subordinados para agirem no bairro Tijucal.

Essas cartas, interceptadas pela Polícia Civil, foram escritas pelo líder da organização criminosa dentro da PCE e nelas constavam as mais variadas ordens de como os criminosos que estavam nas ruas deveriam agir e cumprir as determinações.

Em análise do conteúdo das cartas, policiais da GCCO identificaram a exigência da cobrança de taxas aos integrantes do grupo criminoso. Em caso de inadimplência, eram aplicadas sanções, como agressões físicas.

As cartas demonstraram ainda que o tráfico de drogas no Tijucal era dominado pelo grupo, com a cobrança de pagamentos para o comércio de entorpecente, assim como a droga vendida era fornecida pela própria organização criminosa.

O inquérito policial instaurado pela GCCO comprovou, até o momento, que pelo menos 20 pessoas foram cadastradas para participarem e integrarem a organização criminosa.

Os investigados poderão responder pelos crimes de integrar organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico, entre outros correlatos.

Veja o vídeo 

 

Fonte: Hipernotícias