Vereador causou bate-boca na Câmara de Cuiabá ao apontar que Michelly teria sugerido compra de votos em processo que pode cassar mandato de Emanuel
O vereador Sargento Vidal (Pros) registrou um boletim de ocorrência contra a colega de Parlamento, Michelly Alencar (DEM), em razão de uma publicação que sugeria que os vereadores da Câmara de Cuiabá teriam sido comprados para votarem contrários à abertura da Comissão Processante contra o prefeito afastado, Emanuel Pinheiro (MDB).
A acusação de Michelly teria sido feita quando a vereadora repostou uma publicação em seu story do Instagram (ferramenta que permite a visualização de publicações por apenas 24 horas) na qual o jornalista e cientista político Onofre Ribeiro fazia a avaliação sobre o caso.
Para Vidal, apesar da vereadora alegar que apenas republicou a mensagem por ter sido marcada, Michelly tem responsabilidade sobre a postagem e dá a entender que concorda com o que diz em seu conteúdo.
“A lei é clara. Se ela republicou, é porque ela concorda com o que a pessoa diz. Ela caiu em fake news publicando coisas mentirosas e denegrindo a imagem das pessoas. Ela puxou pra ela a mesma coisa que o jornalista fez, e até pior. O que ela quis fazer ali foi denegrir a imagem das pessoas e ainda forçar os vereadores a votarem como ela vai votar. Ninguém é obrigado a votar como ela”, comentou Vidal.
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Vidal afirmou que se sentiu ofendido com a publicação, uma vez que, se tivesse votado contrário à proposta, seria suspeito de ter vendido o voto em relação à matéria. Ele destacou que trabalhou por mais de 30 anos na Polícia Militar e, por isso, ficou indignado em ver sua imagem maculada à suspeita levantada pela vereadora. Por isso, ele decidiu registrar um boletim de ocorrência.
O documento foi registrado na delegacia virtual na noite do dia 2 de outubro, portanto antes da sessão desta quinta-feira. Segundo o vereador, o registro foi feito tão logo ele tomou conhecimento da publicação, por meio de comentários de terceiros.
À reportagem, Vidal garante que não vai deixar a situação apenas no âmbito criminal, mas também levará o caso formalmente para a Comissão de Ética da Câmara. “Eu fiquei com a minha imagem denegrida. É muito triste isso. Eu estava chateado, como estou, e resolvi fazer aquela fala, até para deixar claro que o posicionamento dela em relação aos vereadores, a mim não atinge, porque eu não tenho esse tipo de prática”, disse.
“Já fiz um boletim na delegacia e vou representar contra ela na Comissão de Ética. Não se trata nem de se ela vai ser punida ou não, eu só quero deixar bem claro pra ela que eu não tenho esse tipo de prática. Ela deu uma entrevista depois dizendo se a carapuça serviu. Quer dizer que porque eu zanguei a carapuça serviu? Tentou consertar e acabou piorando o erro”, completou.
Veja o vídeo:
As informações são do Site conexão poder