Viabilidade para concessão do parque das Águas Quentes é questionada em audiência virtual

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Empresários do trade turístico de Mato Grosso participaram nesta quarta-feira (05.08) de uma audiência virtual que apresentou a proposta técnica para concessão do Parque Estadual das Águas Quentes. O projeto prevê um aporte de R$ 25 milhões de investimento, sendo R$ 20 milhões em estrutura e modernizações e mais R$ 5 milhões de outorga fixa com pagamento à vista para o estado.

Durante a audiência houve questionamento por parte dos participantes sobre as previsões orçamentárias feitas em 2019, de receita e despesa, estarem fora da realidade atual do mercado de turismo, um dos setores mais impactados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A previsão, segundo o trade, é que o turismo leve pelo menos cinco anos pós-pandemia para se recuperar.

Outros pontos divergentes também foram levantados, como o período em que foi realizado o estudo para embasar o orçamento, ou seja, entre 2017 e 2018, bem antes da pandemia. A alegação é que com a pandemia, existe outra realidade que deve ser levada em consideração.

O estudo também aponta investimentos no parque, com intervenções arquitetônicas, reformas e adequações do espaço, além de inserção de novos ambientes, como tendas, chalés e louges de imersão dentro da mata.

As etapas do processo continuam. Nos dias 17 e 21 de agosto estão previstas reuniões individualizadas com os interessados. O agendamento deve ser feito até 14 de agosto. Já no dia 31 de agosto está marcada a consulta pública para contribuições para o aperfeiçoamento do processo de licitação.

O vídeo da audiência virtual está disponível para acesso no canal YouTube, no link: www.youtube.com/watch?v=P1nbEOSXxmM&feature=youtu.be

Sobre o Parque Estadual das Águas Quentes

Criado em 1978, o Parque Estadual das Águas Quentes é a primeira unidade de conservação do Estado e há 20 anos é gerido pela Rede de Hotéis Mato Grosso. A unidade, de 1,5 mil hectares, situada no município de Santo Antônio de Leverger, possui papel essencial para a proteção das fontes hidrotermais e outras nascentes da região da Serra de São Vicente. A parceria público-privada de décadas trouxe benefícios à qualidade ambiental do parque, cujo bioma cerrado não sofreu interferências como o desmatamento e a expansão de atividades agrícolas e pecuárias e conseguiu manter a sobrevivência de milhares de espécies da flora e fauna. Em uma área do parque estão as instalações do Hotel Águas Quentes.