Um ex-servidor da Assembleia Legislativa, identificado como H.P.P.M., foi preso em flagrante na noite de sexta-feira, 3 de junho, acusado de tráfico de drogas. De acordo com o boletim de ocorrência, a polícia recebeu uma denúncia anônima e começou a fazer uma vigilância na casa do acusado. Foram flagradas duas pessoas em uma motocicleta que parou em frente à residência, sendo que um dos ocupantes recebeu algo do servidor.
Logo após, um motorista de um VW Gol também foi flagrado recebendo algo. Os policiais tentaram abordar os ocupantes desses dois veículos, mas não conseguiram porque ele saíram correndo.
Mais tarde, os policiais viram um homem chegando de bicicleta e parando em frente ao portão. Em seguida, o servidor saindo do quintal com uma sacola na mão.
Os policiais resolveram abordar o ciclista e na busca pessoal foi encontrada uma porção de substância análoga a cocaína. Ao ver a abordagem policial, o servidor jogou a sacola no chão e saiu correndo de volta para o quintal.
Na sacola, os policiais encontraram várias porções análogas a maconha. Os militares deram ordens para que o suspeito retornasse para fora, que foram desobedecidas. Então, os policiais entraram na casa e encontraram vários recortes de sacola plástica e resquícios de substância análoga a maconha no corredor.
Ao realizar buscas no interior da casa, os policiais encontraram um tablete e um pedaço de substância análoga a maconha em cima de um colchão. Também foram encontrados uma balança de precisão, duas tesouras, um caderno de anotações, uma faca e vários recortes de sacola plástica.
Em uma gaveta de um armário, foram encontrados a quantia de R$ 231 e várias munições de calibre 22.
Ao ser informado que seria levado para delegacia, o suspeito ficou alterado e passou a resistir, dizendo que era assessor de um deputado e que a equipe policial poderia sofrer consequências. Com ele, foi encontrado um crachá funcional da Assembleia Legislativa, que indicava que o suspeito atuava no gabinete do deputado João Batista (PP).
A equipe do jornal Estadão Mato Grosso verificou que o acusado foi contratado para o gabinete do deputado João Batista (PP) em agosto de 2020, mas foi exonerado da função em fevereiro deste ano.
Além de maconha, os policiais apreenderam na casa do servidor duas porções de substância análoga a cocaína e outras duas porções de substância análoga a ácido bórico. Esse ácido é usado para transformar pasta base em cocaína em pó.
Como o suspeito resistiu à prisão, os policiais precisaram usar força e algemá-lo. Ele segue à disposição da Justiça.
Outro lado – Em nota, o deputado João Batista ressaltou que o servidor não tem vínculo com o gabinete desde fevereiro deste ano.
Veja a nota na íntegra:
ESCLARECIMENTO AOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO:
O deputado estadual João Batista do Sindspen (PP), vem a público informar que o ex-assessor: H. P. P. M., foi exonerado de seu gabinete em 01 de fevereiro de 2022.
“Lamentamos a escolha errada feita pelo rapaz, que é membro de uma família séria e tradicional do município de Barão de Melgaço. Vale ressaltar que o ex-assessor, não tem nenhum vínculo com nosso gabinete, desde fevereiro deste ano”, comentou o deputado.
Atualizado às 14h49
