O Juiz da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, Leonardo de Campos Costa e Silva Pitaluga, deferiu antecipação da progressão de regime fechado para o semiaberto ao líder da facção criminosa Comando Vermelho Paulo Winter Farias Paelo, na última segunda-feira (25). O bandido foi recebido com festa e queima de fogos no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá.
O magistrado teria considerado o atual cenário pandêmico, o qual argumentou que “mesmo em queda no número de contaminações, ainda apresenta risco a saúde pública, aliada à superlotação da Penitenciária Central do Estado”, onde Paulo Winter estava preso.
Além de atestado de bom comportamento carcerário e análise psicossocial do preso.
“Com essas considerações, de forma excepcional, CONCEDO ao recuperando(a) PAULO WINTER FARIAS PAELO a ANTECIPAÇÃO DA PROGRESSÃO DE REGIME do fechado para o semiaberto, para cumprimento do remanescente da pena privativa de liberdade, em razão do preenchimento dos requisitos legais, somado ao Estado de Coisas Inconstitucional instalado nas unidades prisionais desta Capital e de Várzea Grande”.
No entanto, para manter o benefício, Paulo Winter será monitorado por tornozeleira eletrônica, além de cumprir medidas cautelares como: estar em casa diariamente, exatamente no endereço indicado nos autos, no período compreendido entre 22h e 6h do dia seguinte, atender com rapidez as intimações das autoridades judiciárias e do sistema penitenciário, não frequentar lugares inapropriados, como casa de prostituição, casa de jogos, bocas de fumo e locais similares, não portar armas de nenhum tipo, não ingerir bebida alcoólica ou fazer uso de qualquer espécie de drogas e não se envolver em qualquer tipo de crime.
Conforme imagens publicadas nas redes sociais, e divulgadas pelo site Hipernotícias, o líder do CV foi recebido com queimas de fogos “em seu bairro” na Capital. Em uma das publicações, que mostra a queima de fogos a legenda é “o homem saiu”. Ainda conforme o site, os “amigos” teriam gasto R$ 4 mil com a festa.
Histórico
Paulo Winter Farias Paelo foi preso durante a “Operação Red Money”, em 2018, deflagrada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), que investigava esquema de movimentação financeira e lavagem de dinheiro pelo grupo criminoso com utilização de empresas de fachada e contas bancárias de terceiros.
Em 2020, o criminoso foi beneficiado com Habeas Corpus, ficou em prisão domiciliar monitorado por tornozeleira eletrônica, mas no ano seguinte, 2021, foi flagrado sem o equipamento, perdeu o benefício e voltou para cadeia.
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Fonte: Repórter MT