O secretário de Estado de Infraestrutura (Sinfra), Marcelo de Oliveira, afirmou que espera “bom senso” da Prefeitura de Cuiabá para não causar entraves nos trabalhos que precisam ser executados pelo Governo do Estado na parte superior da Trincheira Jurumirim, na Avenida Miguel Sutil.
“Espero que não [coloquem entraves]. Porque qualquer problema que nós tivermos na parte de cima vai refletir embaixo, e o que a gente não quer é perder o serviço que foi feito, principalmente nas cortinas”, disse.
“Então, a gente torce para que o bom senso prevaleça e a gente possa imediatamente começar a parte de cima”, afirmou.
Após sete meses de obras, o Estado liberou o trânsito na parte inferior da obra na sexta-feira (28). Segundo a Sinfra, os trabalhos na parte inferior começaram com atraso, após embates com a Prefeitura de Cuiabá.
Todos os reparos necessários custaram R$ 10,5 milhões. O orçamento total da obra é de R$ 14,2 milhões, em recursos próprios do Governo do Estado.
Segundo Oliveira, equipes da Sinfra irão dialogar tanto com o Município quanto com as empresas que atuam na obra para que o trabalho na parte superior seja feito de forma rápida, de modo a não comprometer o trânsito e o funcionamento do comércio na região.
“Temos que resolver problemas nas juntas de dilatação e de rotatória, como os canteiros”, disse.
A expectativa do secretário é de que, se iniciada na primeira quinzena de fevereiro, a obra seja concluída em até 90 dias.
Ele explicou ainda que não haverá interdição total do trânsito na parte superior.
“Vamos falar com a empresa para fazer serviços no período noturno e nos fins de semana, para não comprometer o comércio e o trânsito na região”, disse.
Parte inferior
Iniciada em junho de 2021, a recuperação da trincheira buscou resolver uma série de patologias apresentadas desde 2014. Foi retirada toda a capa asfáltica e refeito o sistema de drenagem e de base.
O sistema de iluminação também precisou ser trocado, para garantir luminosidade e maior segurança aos condutores.
“Herança” da Copa
A trincheira Jurumirim/Trabalhadores começou a ser construída em 29 de março de 2012, dentro do pacote de obras para a Copa do Mundo de 2014. Com orçamento inicial de R$ 39,3 milhões, a obra foi paralisada em julho de 2014, já tendo custado R$ 50,5 milhões e com 98% dos serviços executados pelo Consórcio Sobelltar.
No fim de 2014, começaram a surgir infiltrações nas paredes da trincheira e defeitos no pavimento da parte interna. O Governo tentou negociar com o Consórcio responsável, mas não obteve um acordo e agora busca a sua responsabilização.
Fonte: Midianews
