O reajuste da tarifa da energia elétrica em Mato Grosso vai ser discutida no Senado, com a convocação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da concessionária com outorga dos serviços, Energisa.
O assunto foi aberto na Comissão de Infraestrutura, que questiona o reajuste no serviço na mesma semana em que chegou ao fim a cobrança da bandeira extra por escassez hídrica. A alta atingiu 1,5 milhão de usuários.
“Mato Grosso tem uma das tarifas de energia elétrica mais elevadas do Brasil. Por isso, vamos buscar os caminhos de curto, médio e longo prazo para reduzir o impacto dos aumentos e diminuir o custo pago pelos consumidores”, afirmou o senador Wellington Fagundes (PL).
O reajuste será debatido em série de audiências públicas nas próximas semanas.
Reajustes acima de 20%
Conforme a autorização da Aneel, os consumidores na rede de baixa tensão em média vão ter 21,62% a mais de despesa na tarifa. Os conectados à alta tensão em média terão aumento de 24,96%. O efeito médio para o consumidor é de 22,55%.
Conforme a Energisa, essas altas vão elevar o preço em média de 0,04% para os consumidores de Mato Grosso, na comparação com os meses em que a bandeira extra por escassez hídrica estava em vigor.
O reajuste deste ano também é questionado por deputados estaduais. Xuxu Dal Molin pediu à direção da Assembleia Legislativa que monte um grupo de estudo para suspender a revisão, e Elizeu Nascimento disse questionará na justiça a mudança.
Conforme deputados, Mato Grosso consome até 10% do total de energia produzida nas hidrelétricas locais, os outros 90% passariam para a rede nacional de fornecimento. Essa balança a favor seria um motivo para não haver reajustes como o que entrou em vigor no dia 16.
Fonte: O Livre