‘Sem ação, vamos ficar igual São Paulo’, diz Botelho sobre ocupação do Centro Histórico por viciados

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Candidato a prefeito de Cuiabá, Eduardo Botelho (União) afirmou que o Centro Histórico de Cuiabá precisa passar por um trabalho intenso de intervenção do Poder Público e das Forças de Segurança para que a região não seja transformada em uma “cracolândia”, como ocorre em São Paulo (SP).

Segundo ele, é necessário fazer um trabalho social com usuários de drogas e pessoas em situação de rua que habitam na área central. “Levantamentos mostram que temos 400 pessoas em situação de rua, tá fácil, ainda temos tempo de termos o controle. Se nós não fizermos agora, vamos perder o controle e ficar igual São Paulo, que já tem em torno de 50 mil moradores em situação de rua e ninguém consegue controlar a isso”, disse em entrevista à rádio Capital 101.9 FM, nesta quarta-feira (11).

Conforme noticiou a reportagem do Jornal A Gazeta, traficantes e usuários de drogas tomaram conta do Centro Histórico de Cuiabá. Os prédios antigos, tombados como patrimônio histórico, são a porta de entrada desses indivíduos, que se agrupam não só nas ruas, mas também nesses imóveis vazios e aterrorizam comerciantes da região.

Várias estruturas, que deveriam passar por revitalização, estão abandonadas e este cenário proporciona condições ideais para o consumo de drogas. Frustrados com os problemas gerados pelos usuários de entorpecentes, muitos comerciantes e moradores se mudaram, o que aumentou ainda mais o número de imóveis desocupados.

“A maioria das pessoas que está lá tem problemas com droga, mas não são todos. Segundo levantamento é algo em torno 70%. Vamos pegar essas pessoas para oferecer tratamento espiritual para que eles possam ter condições de tomar banho e tenha alimentação adequada”, disse.

Botelho ainda afirmou a necessidade de fazer um cerco contra o tráfico na região. “É um trabalho que vamos ter que fazer contínuo. Não dá para ficar dormindo na calçada. Que me perdoem, mas a legislação não permite que durma na calçada. A calçada é para ir e vir. Quando monta uma cama em frente a uma loja, você está tirando o direito do lojista. Vamos ser firme com uma atuação permanente da Guarda Municipal, com o Programa Vigia Mais e as Forças de Segurança. Vamos fazer um cerco para que não haja entrada de droga”, disse.

Fonte: Gazeta Digital