O secretário de Estado de Segurança Pública (Sesp), Alexandre Bustamante, voltou a dizer que não há possibilidade de cancelamento do concurso público para formação de cadastro de reserva da pasta. Ele comentou que todas as denúncias sobre o certame estão sendo checadas pela Polícia Judiciária Civil.
Para dar andamento às apurações, os policiais já realizaram perícias e quebra de sigilo em alguns casos.
“Não tem possibilidade de cancelamento. O concurso segue normalmente. As investigações continuam”, disse o secretário à imprensa nesta segunda-feira (07).
“A prioridade hoje na Polícia Judiciária Civil é encerrar essas investigações o mais rápido possível. Já foram feitas perícias, quebra de sigilo e a gente está andando bem na investigação. A maioria das denúncias não estão chegando na Secretaria, estão chegando no Ministério Público e no Ministério Público nós estamos difundidos com a Polícia Judiciária Civil”, complementou.
Bustamante destacou que todas as reclamações estão sendo investigadas, lembrando da que resultou na prisão de quatro pessoas suspeitas de tentar fraudar a prova do concurso, em Cáceres. Ele ainda falou que algumas denúncias são vazias de informações.
“Por exemplo, a pessoa estava do meu lado usando celular na hora da prova, só que não houve registrou nenhum na ata da prova, ou seja, ele perdeu o princípio de falar o seguinte: ‘aqui, do meu lado, tinha uma pessoa concursando comigo usando o celular’ e na ata não tem nada. Como a gente vai poder provar? Vai cancelar o concurso porque ele falou que a pessoa está usando o celular? Com 30 alunos na sala de aula, ninguém registrou na ata?”, questionou.
Denúncias
Os Ministérios Públicos Estadual e Federal e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) instauraram procedimentos para apurar as denúncias sobre possíveis irregularidades no certame. De acordo com o MP de Mato Grosso, mais de 100 denúncias chegaram em apenas uma semana. As acusações de suposta ausência de detectores de metal, celular vibrando durante a realização do concurso e de pessoas fazendo selfies no local da prova.
Na última semana, o conselheiro do TCE, Guilherme Maluf, determinou a suspensão cautelar da homologação do concurso até a apuração dos fatos.
A UFMT, responsável pela aplicação das provas do concurso, disse que identificou “problemas pontuais” na aplicação, mas sem qualquer comprometimento à segurança ou validade do processo avaliativo.
Fake news
Uma das informações de que o caderno de questões do cargo de soldado da Polícia Militar teria sido divulgado antes da realização da prova foi descartada pela Polícia Civil. Em nota, ela afirma que a data que aparece na pesquisa não se refere à data de disponibilização do caderno de provas, mas, sim, à de indexação da estrutura de diretórios do site.
Fonte: Estadão de MT