Secretario afirma que não haverá tolerância para ‘novo cangaço’ em MT

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O secretário estadual Segurança Pública, Alexandre Bustamante, afirmou na manhã desta terça-feira (15) que bandos do Novo Cangaço receberão respostas “à altura” caso voltem a atuar no Estado.

A resposta veio após ele ser questionado, em entrevista à Rádio CBN, sobre um possível retorno desta modalidade de crime em Mato Grosso, após a ação em Nova Bandeirantes no dia 4 de junho.

O Novo Cangaço estava sem agir no Estado desde 2013, mas voltou a preocupar as forças de Segurança depois que um bando fortemente armado fez reféns e assaltou duas cooperativas de crédito na cidade.

“Acredito que estamos apertando algumas frentes e eles tendem a fazer outro tipo de trabalho. Mas uma coisa é certa: aqui em Mato Grosso não vai ter guarida. E se vierem para cá, a resposta do Estado vai ser à altura do crime cometido”, afirmou Bustamante.

Atualmente mais de 100 policiais estão mobilizados em Nova Bandeirantes para encontrar o restante dos criminosos foragidos. O secretário afirmou que, além dos outros oito homens que participaram do assalto, pessoas que deram suporte aos criminosos também são procuradas, porém não deu um número exato.

Morte de empresário

Na última quinta-feira (10) a Força Tática localizou quatro suspeitos em uma região de mata da cidade. Segundo relatos dos policiais, eles entraram em confronto com o Bope (Batalhão de Operações Especiais) e acabaram mortos.

Três deles foram identificados como Romário de Oliveira Batista, de 35 anos, Luiz Miguel Melek, de 40, e Maciel Gomes de Oliveira, de 37.

Após as ações policiais, a família de Luiz Miguel Melek alegou que ele foi morto por engano pelo Bope. Desde então, a Polícia Civil iniciou investigações para apurar as afirmações da família.

A caminhonete de um dos assaltantes chegou a ser encontrada na residência de Melek, em Alta Floresta. Além disso, foi descoberto que o empresário mantinha uma amizade no Facebook com Romário de Oliveira Batista, um dos mortos no confronto.

Sobre o caso, o secretário afirmou que apesar das novas pistas, ainda é preciso aguardar o fim das apurações. Ele alegou que está sendo elaborado um conjunto probatório para entender se Luiz Miguel foi morto por engano ou não. No entanto, não deu detalhes sobre a investigação, que segue em sigilo.

“Se houve troca de tiros e uma das vítimas estava no local e a família entende que ele não é culpado, a Polícia e o Poder do Estado vão mostrar culpabilidade e a responsabilidade de cada um. Para a família, que muitas vezes não tem o conhecimento das atividades da pessoa, fica um pouco suspeito. Mas vamos aguardar, acredito muito na qualidade da investigação”, explicou.

Após a morte dos suspeitos, diversas pessoas se manifestaram comemorando à ação da Polícia. Outra parte da população chegou a questionar a atitude das forças de segurança, criticando o modo que decorreu a operação.

Sobre as críticas, o secretário afirmou que a Polícia nunca age com o intuito de matar. Ele disse que não é favorável em nenhum tipo de morte.

“Não sou favorável a nenhuma morte, pelo contrário, sou um cristão que acredita na vida. Mas entre a morte de um assaltante e de um policial eu fico com a morte do assaltante”, explicou.

“[…] A Polícia sai para proteger pessoas. Agora quando ela é recebida com violência, com tiro, com resistência, ela vai responder à altura”, acrescentou.

No momento a operação contra o Novo Cangaço continua em Nova Bandeirantes e o secretário assegurou que “o Estado só vai parar na hora que encontrar todos”. Já são mais de 10 dias de investigações e caça aos criminosos no Município.

Fonte: Midianews