Secretaria de Saúde investiga três casos suspeitos de febre maculosa em MT

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A Secretaria de Estado de Saúde (SES) monitora três casos suspeitos de febre maculosa em Mato Grosso. De acordo com boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (21), dois outros casos já foram descartados pela Pasta em 2023.

Os municípios que já notificaram casos suspeitos são Alta Floresta, Arenápolis, Barra do Garças e Querência. O boletim, contudo, não especifica em quais municípios os casos ainda estão sob investigação.

A preocupação com a febre maculosa teve início com o surto registrado em Campinas, São Paulo, onde quatro pessoas já morreram pela doença. Todas frequentaram a mesma fazenda. Diante do alerta aceso em São Paulo, a SES-MT intensificou o monitoramento de casos em Mato Grosso.

A febre maculosa é uma doença infecciosa causada por bactérias das espécies Rickettsia rickettsii e Rickettsia parkeri. A transmissão se dá por meio do contato com o carrapato estrela, vetor da doença. O parasita pode ser encontrado em bovinos, equinos, gambás e outros animais silvestres e domésticos.

No entanto, são mais conhecidos por hospedar o corpo de capivaras. No boletim emitido pela SES, a Pasta frisou que matar esses animais não contribui para o combate da doença, uma vez que o parasita procura outro hospedeiro, dando continuidade ao ciclo de transmissão.

De acordo com a SES, os principais cuidados que podem ser adotados são:

– Evitar caminhar em áreas conhecidamente infestadas por carrapatos no meio rural e silvestre, mas quando for necessário andar por tais áreas, vistoriar o corpo em busca de carrapatos em intervalos de três horas, pois quanto mais rápido for retirado o carrapato, menor serão os riscos de contrair a doença.

– Usar calças compridas com a parte inferior por dentro das botas e fitas adesivas dupla face lacrando a parte superior da bota. Recomenda-se que as roupas sejam claras, para facilitar a visualização dos carrapatos.

– Caso o carrapato esteja sobre a pele, ele deve ser retirado cuidadosamente com uma pinça (evitar remover o carrapato com as mãos) sem ser esmagado, pois com esmagamento pode haver liberação das Rickettsia que têm capacidade de penetrar através de microlesões na pele. Após a remoção, lavar a área com água e sabão.

– Promover rotação (rodízio) de pastagens. Aparar o gramado rente ao solo, facilitando assim a penetração dos raios solares.

– Controlar a infestação de carrapatos nos animais domésticos com banhos e uso de carrapaticidas. (HNT)