Saúde: “Não vamos distribuir remédio no semáforo; isso é crime”

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Figueiredo afirmou que medicamentos para tratamento da doença são de responsabilidade médica

O secretário de Estado Saúde Gilberto Figueiredo afirmou que os chamados “kits Covid-19” – pacote com medicamentos que tratam os sintomas do novo coronavírus – não serão distribuídos de forma indiscriminada pelo Estado.

O kit de medicamentos foi adotado pela Prefeitura de Barra do Garças ( a 515km de Cuiabá) no mês de maio, seguida por outros municípios. No entanto, os medicamentos são distribuídos apenas com prescrição médica.

Recentemente, em uma reunião realizada entre o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) e o governador Mauro Mendes (DEM) ficou definida a criação de um comitê técnico para elaborar um protocolo de tratamento voltado aos pacientes na fase inicial da Covid-19.

Nele, deverá ser avaliada a criação do “kit Covid-19” para a distribuição a pacientes.

“Eu, Gilberto Figueiredo, adotar medida para fazer postos de distribuição de remédio, não vai acontecer.  O que pode acontecer é, se houver disponibilidade,  um médico sentado numa mesa atendendo o paciente, prescrevendo e entregando”, disse o secretário.

“Não é fazer um monte de kit de remédio e distribuir no semáforo para pessoas que passam em carro. Isso não tem lógica, é crime e eu não irei fazer isso”, completou.

Quem receita remédio é médico

O secretário explicou que já existe um protocolo de atendimento médico determinado pelo Ministério da Saúde, mas isso não significa que há um “tratamento universal” para todos os pacientes infectados com o novo vírus.

“Eu estou ouvindo pessoas falarem que existirá um protocolo universal para o Estado inteiro. Não existe protocolo universal. Existe o que o médico acha necessário fazer de acordo com a característica e avaliação do paciente. Não tem como ter uma receita única para todos os pacientes no Estado”.

“As pessoas entendem que fazer um protocolo é fazer uma receita padrão, um pacotinho de remédio, e entregar para todo mundo. Não é essa a pretensão e não será isso que vai ocorrer”, afirmou.

O secretário afirmou que os medicamentos como Azitromicina, Ivermectina, Cloroquina, Dipirona e Paracetamol estão disponíveis na rede estadual e à disposição dos médicos.

“Cada paciente é um, cada avaliação é uma, e enseja um tratamento especifico. Os medicamentos estão à disposição, como desde o início estiveram, da classe médica. Por mais que se possa fazer um orientação de protocolo para atenção primaria e secundária, quem decide é o médico”, afirmou.

Fonte: MidiaNews