Procurador pede internação da adolescente que matou Isabele

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O Ministério Público Estadual (MPE), por meio do procurador Paulo Padro, representou pedindo a internação da adolescente B.O.C., de 15 anos, responsável pelo tiro que matou Isabele Guimarães Ramos, na noite de 12 julho, no Condomínio Alphaville I, na Capital. Conforme informou fonte do judiciário ao Repórter MT, o parecer foi dado nesta sexta-feira (6).

B. foi internada no Complexo Socioeducativo Pomeri, em setembro, por decisão da 1ª Instância, mas passou apenas 12 horas no local. No dia seguinte, a adolescente foi liberada após uma liminar ser concedida em habeas corpus na 2ª Instância, pelo desembargador Rui Ramos, no dia 16 de setembro.

Desde então, aguardava-se o parecer do MPE. Agora cabe ao pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) definir pela internação preventiva ou não da adolescente, até decisão final do processo que B. responde por crime análogo ao homicídio doloso.

O caso 

Investigações da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) e da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), conduzida pelos delegados Wagner Bassi e Francisco Kunzê, concluíram que a morte de Isabele não foi acidente e sim intencional ou no mínimo a adolescente B.O.C. assumiu o risco de matar.

Além da adolescente, foram indiciados o pai dela, o empresário Marcelo Cestari, a mãe, Gaby Cestari, o namorado e o pai do namorado.

Na primeira audiência do caso, a chamada audiência de apresentação, a adolescente se manteve em silêncio. A audiência foi realizada por videoconferência, no dia 23 de setembro deste ano.

A última informação divulgada sobre o processo foi de que a audiência de continuação, feita por videoconferência, foi suspensa, após oito horas de depoimentos, por conta de uma tentativa da defesa de inserir novos documentos, no dia 20 de outubro. A juíza Cristiane Padim, da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude, suspendeu a oitiva para não prejudicar o processo e após analisar os documentos, ela marcará uma nova data.

B. pode ser condenada a no máximo 3 anos de internação.

Fonte: Repórter MT