Depois da desocupação do garimpo ilegal pelas forças de segurança, o prefeito Jonas Rodrigues da Silva, o Jonas Canarinho (PR), de Aripuanã, 976 km de Cuiabá decretou situação de emergência social no município, nesta quarta-feira (8), após garimpeiros deixarem área de garimpo ilegal e ocuparem o centro da cidade.
Segundo ele, a situação no município é tensa. Os garimpeiros que saíram da mata ocuparam as ruas da cidade e trancaram a passagem de veículos. Os comerciantes fecharam as portas. A polícia só consegue abastecer as viaturas com escolta, por causa do risco de ataques.
A preocupação do prefeito é com a forma com que a desocupação da área está sendo realizada. Ele é contra o emprego da força e pede que as Forças de Segurança não destruam ou queimem os equipamentos e maquinários utilizados pelos garimpeiros na exploração do ouro.
A polícia prendeu três integrantes de uma quadrilha que extorquia pequenos garimpeiros que precisavam pagar para entrar na área e usar equipamentos.
Garimpo visto do alto, em Aripuanã (MT) — Foto: Polícia Federal de Mato Grosso/Assessoria
O garimpo
A estrutura montada em meio a floresta amazônica impressionou a polícia. Foram encontradas 25 retroescavadeiras, que eram usadas para escavar as encostas. Grandes geradores faziam a ventilação em crateras por onde garimpeiros desciam até 60 metros de profundidade para encontrar jazidas.
Imagens feitas do alto revelam o tamanho do estrago na região do garimpo. São quilômetros de mata devastada, onde, segundo a Polícia Federal, estavam vivendo cerca de 2 mil pessoas. Estradas foram abertas e casas construídas.
Garimpeiros desocupam área após operação — Foto: PF-MT
Operação
Na segunda-feira (7), as Forças de Segurança deflagram a segunda fase da operação Trype. Desde então, 160 homens da Polícia Federal, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e de Forças de Segurança do estado estão no local.
Até o momento mais de 700 pessoas foram retiradas do garimpo. A maior parte foi levada para um parque de exposições da cidade. Equipamentos foram queimados e os buracos foram fechados com explosivos.
Só depois da desocupação total do garimpo é que os órgãos de controle ambiental vão poder entrar no local e avaliar o prejuízo causado ao meio ambiente.
Fonte: G1 MT