O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) anunciou que irá acionar a Justiça para impedir que o governo do Estado acabe com o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT). Em ato de posse, na tarde desta sexta-feira (1), o gestor afirmou que é inadmissível a troca do modal pelo Bus Rapid Transit (BRT) sem que Cuiabá e Várzea Grande sejam consultadas.
“É inadmissível o governado do Estado tomar uma decisão dessa magnitude, que vai impactar o transporte de Cuiabá e não ouvir a prefeitura, não ouvir a população. Isso não existe. Qualquer obra que o governo Federal faça no município, precisa de autorização de Cuiabá. Não há qualquer possibilidade de prosperar”, enfatizou o gestor.
Desde que assumiu a Prefeitura de Cuiabá em seu primeiro mandato, Pinheiro demonstrou sua inclinação a terminar a obra do VLT, parada desde 2014. Ele exigia que as prefeituras fossem consultadas, uma vez que o transporte tem efeito direto na estrutura e mobilidade das cidades.
Após dois anos de análise, o governador Mauro Mendes (DEM) decidiu por encerrar as obras, vender os vagões e trocar pelo BRT. Ele move ação contra o Consórcio VLT para indenização por conta dos prejuízos devidos aos investimentos feitos na obra inacabada.
“Usarei todas as condições legais, com base na Constituição Federal, Constituição Estadual, Lei Organiza do Município e instrumentos normativos que forem necessários. Não aceitamos medida sem que Cuiabá e Várzea Grande sejam ouvida. Não só serem ouvidas, mas ter poder de decisão também”, disparou o prefeito.
O modal já recebeu mais de R$ 1 bilhão de investimento e foi abandonada há 6 anos. O projeto fazia parte do pacote de obras da Copa do Mundo de 2014, que teve jogos em Cuiabá.
Fonte: Gazeta Digital