Preso na cidade de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá), o narcotraficante paraguaio Jorge Teófilo Samudio, 49 anos, conhecido como “Samura”, será extraditado ao seu país de origem. O criminoso está detido no presídio federal de Brasília, a “Papuda”.
A prisão do narcotraficante ocorreu no dia 29 de março em uma operação da Polícia Federal e da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad). No momento da prisão, o paraguaio portava arma de fogo e utilizava documento falso, razão pela qual também foi preso em flagrante por conta dos crimes citados.
O mandado de prisão contra ele com fins de extradição foi expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Após a detenção, ele foi transferido ao presídio federal. Rapidamente, o governo paraguaio iniciou os trâmites para extradição do criminoso. A data da transferência de Samura não foi revelada pelo governo federal brasileiro. A justificativa é que se trata de um bandido de alta periculosidade.
Samura é apontado como uma das principais lideranças do tráfico internacional de drogas do Paraguai e atuava como fornecedor de cocaína e armas da facção criminosa Comando Vermelho (CV).
Histórico
Conforme a PF, Samura já havia sido preso em 2018 por autoridades do Paraguai. No entanto, em 11 de setembro de 2019 foi resgatado de um presídio no país vizinho. A atuação dos bandidos foi extremamente violenta, com a utilização de armas de fogo de grosso calibre, que levou um oficial da polícia paraguaia a óbito.
Ainda conforme a PF, Samura liderava uma organização criminosa paraguaia que tinha fortes conexões com a facção brasileira. Era ele um dos responsáveis pelo envio de grandes carregamentos de cocaína para Rio de Janeiro, no Brasil. Também era o administrador de um relevante esquema de lavagem de dinheiro em solo paraguaio.
Além de atuar no envio de cocaína, o criminoso fornecia armas de grosso calibre à organização criminosa carioca, utilizando-se de propriedades rurais em solo paraguaio como estrutura logística para aterrissagem e decolagem de pequenas aeronaves carregadas com cocaína e armas.
Fonte: Hipernotícias