Mulher se matou no apartamento do noivo que é acusado de agredir e abusar de ex-namoradas

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Grazieli Daiana Alves, 37 anos, encontrada morta em um apartamento na madrugada deste domingo (6), era noiva do advogado C. C., acusado de agredir, ameaçar e estuprar ex-namoradas. Em 2020, o Repórter MT teve acesso a um vídeo que mostra C.C. agredindo a ex-mulher, a médica L. M.

Como mostrou à época o RepórterMT, nove mulheres registraram denúncias contra o advogado, as acusações eram de abusos sexuais, agressões físicas e verbais, ameaças, chantagens e estupros. As vítimas vão de ex-companheiras a funcionárias.

Denúncias 

Em 2020, a ex-mulher, L.M. relatou em sua página no Instagram as agressões que sofreu durante relacionamento com o advogado. “Ele que quebrou o meu nariz, ele que deslocou minhas retinas, ele que pegou um pen drive e quis me estuprar com ele. Foi ele que fez tudo isso comigo”, contou à época.

A empresária e influencer M.M.V., ex-namorada do advogado, chegou a fazer uma representação criminal contra ele. Ela afirmou que o romance começou parecendo um conto de fadas e foi se transformando. Primeiro ela era controlada, depois começaram as agressões verbais, até chegarem às físicas.

M. passou a viver sobre um controle absoluto do acusado, além das constantes ameaças e xingamentos. Era impedida de ter amigos, contatos com familiares, além de, nas raras vezes em que ia fazer algum passeio ou ir à academia, tinha que a todo momento atender as ligações, mandar a localização, selfies, para provar que nenhum homem se aproximava, num ciúme doentio. Até que iniciaram as agressões físicas e atos sexuais forçados.

A.M., de 30 anos, trabalhou com C. em 2012, durante três meses. Ela relatou que os dois tiveram muitos problemas profissionais e discussões. Diante disso, ela deixou o escritório. Mais tarde, no ano de 2018, ela encontrou o agressor em um supermercado. Ao saber que ela estava desempregada, o advogado ofereceu uma vaga de secretária em seu escritório.

Tudo parecia normal, ele fez pergunta sobre trabalhos, os dois falaram de horários e remuneração, momento em que ele propôs fechar o ciclo. Ele admitiu que sempre foi afim da vítima e que queria ficar com ela, momento em que ele pegou no seio esquerdo da mulher. Ela fugiu correndo.

À época das denúncias, a Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT), através da Comissão de Direito da Mulher, anunciou a instauração de um processo administrativo no Tribunal de Ética e Disciplina para apurar denúncias contra ele.

Fonte: Repórter MT