O procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges, encaminhou requerimento para as Polícias Civil e Militar de Mato Grosso iniciarem a identificação dos líderes e financiadores dos atos contra o resultado das eleição presidencial no Estado, bem como o recolhimento de toda a estrutura do acampamento em frente à 13ª Brigada em Cuiabá.
O pedido do chefe do Ministério Público de Mato Grosso atende a decisão do ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que multou em R$ 100 mil todos os proprietários de veículos usados nas manifestações e que estão em frente ao quartel do Exército em Cuiabá.
No caso dos acampamentos nas BRs de Mato Grosso, Antônio Borges comunicou ao Ministério Público Federal (MPF) para que eles também faça um requerimento à Polícia Rodoviária Federal (PRF), adotando o mesmo procedimento.
Além da identificação dos proprietários dos veículos que ajudam nas manifestações, o MP também solicita que toda a infraestrutura que existem nestes acampamentos sejam apreendidos pelas forças policiais. Questionado sobre a determinação, Antônio Borges afirma que está cumprindo ordens. ‘O nosso requerimento e encaminhamento é apenas para cumprir a decisão do ministro do STF’, disse brevemente. A previsão é que as forças policiais apreendam barracas, freezers, banheiros químicos, fogão e todas as demais estruturas destes acampamentos.
Inquérito no Naco
O chefe do Ministério Público também solicitou que o coordenador do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) abra uma investigação contra o prefeito de Tapurah, Carlos Capeletti (PSD). O objetivo é apurar se o gestou que foi afastado pela decisão de Alexandre de Moraes, por 60 dias, tenha cometido irregularidades, como ato de improbidade administrativa, ou uso da maquina pública para financiar e organizar as manifestações no município. As recomendações que José Antônio Borges encaminhou fazem parte da decisão do Supremo, que na semana passada afastou o prefeito de Tapurah, além de determinar uma série de ações contra os manifestantes que pendem a anulação das eleições presidenciais e a intervenção militar no país.
Fonte: Gazeta Digital