Motorista que matou universitário é servidor do Estado e vira alvo de PAD

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A Secretaria de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico abriu um processo administrativo para apurar a conduta do servidor que é suspeito de atropelar e matar Frederico Albuquerque Siqueira Correa da Costa, de 21 anos, na Avenida Beira Rio, no Bairro Grande Terceiro, em Cuiabá.

Segundo a Polícia Civil, o suspeito é guarda noturno e ele teria se ausentado do local de trabalho quando ocorreu o atropelamento.

A Secretaria informou por meio de nota que já prestou as informações solicitadas pela Polícia Civil e que vai apurar a conduta do servidor durante seu horário de trabalho. Conforme a polícia, o suspeito deveria estar no trabalho entre 18h e 6h e abandonou o posto às 19h30 e retornou às 4h30 com o carro danificado.

Frederico estava em uma distribuidora de bebidas quando foi atropelado na rua, ao lado de um veículo estacionado. Ele foi atingido por um carro branco que passou pela avenida.

Segundo a polícia, o motorista fugiu sem prestar socorro. O crime foi registrado por câmeras de segurança do estabelecimento. Conforme o boletim de ocorrência, depois do acidente, a Polícia Civil foi acionada por telefone pelo dono do carro.

Ele disse que emprestou o veículo para uma amiga, que o devolveu “todo amassado”, e queria saber se havia envolvimento em algum acidente. “Após isso, o Ciosp [Centro Integrado de Segurança Pública] recebeu uma outra ligação informando que na Rua Teles Pires, no Bairro Dom Aquino, próximo à Avenida Miguel Sutil, estaria no meio da rua, um para-choque branco com uma placa. A equipe se deslocou até o endereço informado e recolheu o para-choque juntamente com a placa”, informa o boletim de ocorrência.

Segundo o delegado José Carlos Damian, da Delegacia de Delitos de Trânsito (Deletran) e responsável pela investigação, pelas imagens das câmeras é possível ver que, o próprio suspeito atropelou Frederico. “A ligação é uma versão que ele passa, ele vai ter que comprovar isso. Para nós, é ele mesmo, o carro é dele”, disse Damian.

Ainda conforme a polícia, o carro estava em alta velocidade devido ao deslocamento do corpo da vítima após o impacto. “Nas imagens, a princípio, parece que ele estava em alta velocidade pelo deslocamento do corpo. Pelo que estimei, foram de 20 a 30 metros após o impacto. Para um atropelamento desse, o veículo tem que estar em alta velocidade”, acrescentou.

Depois da ligação, ainda conforme o boletim de ocorrência, a polícia não conseguiu contato com o suspeito e não o localizou no endereço ligado à Carteira Nacional de Habilitação (CNH) dele. “Já realizamos diligências para encontrá-lo. Fomos no local de trabalho e, no momento, ainda não tivemos êxito. Caso ele não se apresente, vamos representar pela prisão preventiva dele”, disse.

Fonte: Folhamax