A morte de uma criança de 6 anos, em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, está sendo investigada, a suspeita é de que a criança tenha contraído hantavirose. O resultado do exame que poderá confirmar a doença ficará pronto em 30 dias.
A menina foi levada à UPA de Tangará da Serra na quinta-feira (7) pela manhã apresentando vários sintomas da doença, como febre baixa e dores abdominais.
Ela ficou internada por cerca de 12h, mas o quadro se agravou e a criança morreu. A evolução rápida da doença levantou a suspeita de que a criança estava com hantavirose.
“O quadro é compatível com a doença, o primeiro sintoma foi na terça-feira (5), na quarta (6) houve uma piora do caso e na quinta a criança faleceu, o que sugere que seja hantavirose, visto que a doença cursa de forma muito repentina e muito grave”, disse o coordenador epidemiológico do município, Fabrício Queiroz.
Outro ponto reforçado pelo coordenador é o fato da criança residir na zona rural de Tangará da Serra.
“A gente sabe que pode acontecer esses casos na zona rural porque os animais silvestres entram em contato com os humanos”, destacou.
Além disso, a mãe relatou que a criança teve contato com uma horta há 30 dias, também falou sobre um espaço para criação de aves pela família. “Há um depósito para o armazenamento de grãos, o que pode sugerir a presença desses roedores”, pontou Fabrício.
Se confirmado, será o segundo caso de hantavirose registrado neste ano em Tangará da Serra. Em abril, um trabalhador rural de 37 anos morreu vítima da doença.
A doença
A hantavirose é causada pelo rato silvestre nativo da região do cerrado e é mais comum que o ser humano se contamine com a doença por meio da inalação dos aerossóis onde tem o vírus eliminado pela urina, fezes ou saliva do roedor, como por exemplo, nas calhas, quando a pessoa vai limpar o local, e, no caso de fazendas, os galpões e no armazém dos grãos.
A doença não tem cura e os sintomas são bem parecidos com as de uma gripe afetando principalmente os pulmões.
Fonte: G1 MT