Médica dá dicas de como evitar picada de carrapato transmissor

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O surto de febre maculosa ocorrida em Campinas (SP) tem preocupado os brasileiros e em especial a população que vive na zona rural, região onde os carrapatos-estrela – vetores da doença – têm maior incidência.

Um informe divulgado na quarta-feira (21), pela Secretaria Adjunta de Atenção e Vigilância em Saúde de Mato Grosso, apontou que até em 2023 houve cinco casos suspeitos da doença no Estado. Sendo que, destas, duas foram descartadas e três estão em investigação.

Nesta semana, a médica infectologista Márcia Hueb deu dicas de como prevenir o contato com os carrapatos e também como agir em caso de picada.

Uma das recomendações é evitar contato com a grama e matas. Em caso de pessoas que precisem estar nesses locais, devem sempre utilizar roupas adequadas, como calças, blusas de manga e sapatos fechados.

“Mas diante das dificuldades climáticas, pode-se investir em bons repelentes. E quando retornar, fazer um exame cuidadoso para a presença de carrapatos e retirá-los cuidadosamente se forem encontrados”, indicou a médica.

Segundo ela, o tempo de contato do carrapato com a pele é crucial para a transmissão, ou seja, quanto mais rápido o animal é retirado, menor a chance de doença.

Além disso, também é importante ter cuidado no manuseio do carrapato quando for retirá-lo, isso porque caso a pessoa venha a pressionar o corpo do animal, o conteúdo do sangue fica na pele.

“Se for um sangue infectado, aumenta ainda mais o contato com as bactérias, e a lesão provocada pelo carrapato, aumentando a chance de doença e de maior gravidade”.

A febre maculosa e as capivaras

A especialista lembrou que até o momento não foram confirmados casos de febre maculosa no Estado. Diante disso, não há porque relacionar os casos às capivaras, principais animais silvestres que convivem na zona urbana.

“É necessário ter o agente causal para que ocorra a transmissão dentro deste ciclo. Ter carrapatos e capivaras, desde que não infectados pela bactéria, não oferece risco para a febre maculosa”.

Apesar disso, ela orienta que não haja contato com as capivaras, uma vez que são animais selvagens. “É uma atitude de respeito com a natureza”, frisou.

Além das capivaras, os carrapatos-estrela também podem ser encontrados em canídeos, equinos, bovinos, gambás e outros animais.

Fonte:  Midianews